quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Futebol europeu, melhor por que?

No meio desta semana começou a fase decisiva da Liga dos Campeões da Europa. E no Brasil, os que gostam de bom futebol não perderam a oportunidade de ver jogos incríveis entre os maiores clubes do continente. E qualquer um que observe, nem precisa ser um expert, consegue ver uma diferença drástica de qualidade entre esses jogos e os que são realisados no Brasil, seja nos estaduais ou no Brasileirão.

Apontar a qualidade dos jogadores como o principal diferenciador é muito pouco. A qualidade do jogo vai muito além disso. Desde a organização das partidas até a atitude dos árbitros, tudo contribui para a qualidade do espetáculo. Claro, lá estão os melhores jogadores do mundo, apesar disso não ser a única razão da qualidade do futebol europeu, é a principal.

A organização das partidas, diferente do Brasil, mostra a postura profissional que valoriza o espetáculo, entendendo o futebol além de um esporte. O hino da Champions League, a organização dos jornalistas, a entrada dos times em campo, a pontualidade e organização já chamam atenção. Mas, apesar disso ser parte do espetáculo, ainda não é o núcleo.

Os atores, no caso, os jogadores, contribuem para o espetáculo com mais do que a habilidade. Alguns aspectos devem ser destacados: poucas reclamações à arbitragem, poucas simulações de falta, nada de pedir cartão para o adversário, cordialidade e profissionalismo com os colegas. Lá, os jogadores buscam o jogo, diferente dos jogadores "cai-cai" do futebol brasileiro.

Os árbitros, na minha opinião, são os principais responsáveis pela diferença de qualidade no espetáculo europeu. Nada de marcar faltas "bobas", deixando o jogo correr e disciplinando os atletas só quando necessário. Eles também erram, mas a postura dos atletas de pouca reclamação ajuda a ignorar esses erros. E essa postura de marcar poucas faltas é o que mais contrasta com os árbitros brasileiros. O tempo de bola rolando é um dos principais responsáveis pela qualidade do espetáculo.

Muitos desses elementos que qualificam o futebol europeu também podem ser aplicados no Brasil, mas para isso temos que mudar a mentalidade dos atletas, dos árbitros, dos dirigentes, das federações. Não basta uma evolução, precisamos de uma REVOLUÇÃO. Tudo para o bem do espetáculo.

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