sexta-feira, 30 de novembro de 2007

E se o Corinthians cair?

O jornalista Fabio Schivartche desabafou em artigo do globoesporte.com, ele, Corinthiano, sugere o rebaixamento como remédio para os problemas do timão. Uma moralização forçada dos dirigentes. Só a queda marcará o clube de forma intensa o suficiente para mudar sua história.

Bom, apesar de muitos verem a série "B" como um inferno, ela tem que ser encarada com mais naturalidade, afinal, todos podem cair. Palmeiras, Grêmio, Botafogo, Atlético-MG, Fluminense, Paraná, Sport, Nautico, Juventude, Goiás, Atlético-PR, e tantos outros já disputaram a segunda divisão.

É preciso entender que quatro clubes vão cair sempre, sendo grande ou pequeno. E neste campeonato de 2007 qualquer um poderia cair devido ao equilíbrio apresentado. E no futebol brasileiro cada ano é outra história, os campeões de hoje podem ser os rebaixados de amanhã. Mesmo com dinheiro e estrutura, nada garante a permanência na série "A".

E se o Corinthians cair não será o fim do mundo, vai jogar em estádios lotados por todo o país, e terá a chance de reconquistar sua torcida. Todos os clubes que caíram tiveram um grande aumento na média de público, afinal, é na dificuldade que surgem os verdadeiros apaixonados, e no nosso futebol há fanáticos suficientes para encher os estádios.

Jogadores para o Santa Cruz.

Agora no Santa, Zé do Carmo vai usar sua influência nos Aflitos para levar os atletas dispensados para o tricolor do Arruda. É uma boa idéia, afinal, conseguir bons jogadores para disputar a série "C" não é fácil, e a ajuda dos clubes pernambucanos será bem-vinda.

Para o futebol de Pernambuco a queda do Santa à série "c" foi um grande prejuízo, e agora todos devem ajudar na luta da recuperação. Além do Nautico, gostaria de incentivar os outros clubes a ajudar. Os jogadores, antes de serem dispensados, devem considerar um empréstimo ao Santa Cruz, assim, reunirão atletas suficientes. E o Campeonato Pernambucano deve ser um grande teste para descobrir jogadores de qualidade para a disputa da 3ª divisão do Brasileirão.

Sempre incentivei a parceria entre os clubes.
http://extracampo.blogspot.com/2007/09/clssico-uma-lgica-empresarial-peculiar.html

Duas arenas em SP?

Se depender da vontade das autoridades paulistas, a maior cidade do Brasil terá dois estádios para a Copa do Mundo. A ideia é, além de reformar o Morumbi, construir uma nova arena que seria o estádio do Corinthians.

A "simpatia" dos líderes, tanto no governo quanto no futebol, pelo Corinthians me parece ser a única razão para isso. O que parece é que estão querendo construir um novo estádio para o clube e aproveitariam a Copa do Mundo para realizar este objetivo. O clube paulista sofre com a falta de um estádio próprio e há tempos que ameaça construí-lo.

Não concordo com dois estádios em uma só cidade, mesmo uma tão grande quanto São Paulo. O investimento em infra-estrutura e a construção das arenas é uma grande chance do Brasil investir em cidades que precisam e diminuir um pouco a tal desigualdade regional do nosso País. São Paulo e Rio de Janeiro, com certeza, receberão os principais jogos, e isso basta.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Quarta-feira emocionante.

A TV pediu e a CBF aceitou, precisavam dividir a penúltima rodada para haver jogos a transmitir hoje. Inicialmente era só o jogo Corinthians X Vasco, o Goiás reclamou e teve seu jogo movido para a mesma data, depois veio o Nautico e também conseguiu o adiamento. Houve muita reclamação, mas acabou se tornando uma noite de muita emoção.

Os três times ainda brigam contra o rebaixamento, uma das disputas mais emocionantes do campeonato, afinal, o São Paulo levou o título fácil, Libertadores, Sul-Americana e 2ª divisão se tornaram os atrativos do Campeonato Brasileiro. E lutar contra o rebaixamento é ainda mais emocionante, é o coração na ponta da chuteira.

Reclamam muito nos debates esportivos nas rádios e televisões sobre a qualidade do campeonato. Bem, não tivemos muitos craques, mas a disputa e a emoção fazem desse campeonato um dos mais interessantes dos últimos tempos.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A tragédia é um alerta.

especial para o Blog do Torcedor
A morte de sete torcedores após a ruptura de parte da arquibancada da Fonte Nova na Bahia é o anúncio da atual situação dos estádios brasileiros. A tragédia não pode ser encarada como um fato isolado, ela é a consequência do crescente descaso dos clubes e seus dirigentes pelos torcedores.

O mesmo estudo que apontou falhas no estádio baiano também denuncia outros tantos estádios, alguns até utilizados na série A deste ano, como a Ilha do Retiro e o Mineirão. Mas, de nada adianta tantos estudos e análises se as pessoas responsáveis simplesmente ignoram as ameaças. Cuidar dos estádios e de seus torcedores nunca foi parte integrante na cultura dos dirigentes.

O STJD deve punir o Bahia, suspendê-lo e multá-lo. Fala-se em um multa de até R$ 200 mil e uma suspensão de 10 jogos. Mas, se este dinheiro não for destinado para a manutenção dos estádios, de nada terá valido esta punição.

Cabe às federações estaduais e a CBF obrigar os clubes a cuidar de seus estádios. Mas, o que a história nos mostra é federações ajudando os clubes a encobrir seus erros e fechando os olhos para os problemas. Afinal, interditar estádios não gera mais renda, muito pelo contrário. E as federações não querem ser razão para prejuízo de seus associados.

Já que a justiça desportiva não tem tomado as providências para fazer cumprir a lei, que entre em cena o Ministério Público. Mas, tem que se fugir da rotina de ameaças de interdição e pular logo para a atitude. Se é para interditar que façam logo, e obriguem os clubes a respeitar seus torcedores.

Nós, como consumidores, torcedores e cidadãos temos direito a segurança, conforto e higiene. É impressionante, pagar mais de vinte reais por um ingresso e não ter direito nem mesmo a segurança ou a um banheiro de qualidade. Como consumidor poderíamos nos recusar a comparecer nesses recintos, mas como torcedores nos sentimos impelidos a estar no estádio.

Infelizmente, dizer que o torcedor é o maior patrimônio do clube parece mesmo verdade, prova é que, como qualquer patrimônio do clube, os torcedores também são tratados com descaso.

Abuso de autoridade.

Estou sempre pedindo mais responsabilidade e profissionalismo dos dirigentes de clubes brasileiros. Mas, não cabe só a eles melhorar a atual situação do nosso futebol e evoluir a um nível mais alto. Se tem alguém tão responsável quanto os dirigentes é o torcedor.

Urinar no chão, quebrar banheiros, depredar ônibus, atirar objetos, invadir o gramado, arremessar pedras, isso não pode ser normal no nosso futebol. Enquanto isto não mudar nada vai melhorar, nada vai evoluir.

Mas, o que mais me revolta é ver pessoas instruídas cometendo barbaridades. A maior de todas elas: a carteirada. Por que um juiz, promotor, policial de folga, desembargador e etc. têm direito a entrar nos estádios apenas mostrando a carteira, e ainda colocam mais dez para dentro. Bom, direito mesmo eles não têm, assim como vergonha na cara.

A carteirada é um abuso de autoridade, eles não têm esse direito, devem pagar ingresso como qualquer torcedor. A carteirada é uma ofensa a você, torcedor, e a todos os cidadãos de bem. Cabe aos clubes, quando verificar o ocorrido, anotar o nome dessas pessoas e processá-las por abuso de autoridade, mas qualquer pessoa pode denunciar o criminoso ao Ministério público.

Porém, no fim, quem terá coragem de lutar contra eles?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Assédio a Breno: ilegal!

O assédio exercido pelo Bayern Munique sobre o zagueiro do São Paulo está fora das regras estabelecidas pela FIFA. As regras da federação só permitem o assédio a atletas de outros clubes nos seis meses finais do contrato. Antes, o interessado na contratação do atleta deve dirigir-se ao clube e negociar direto com os detentores dos direitos do jogador.

O problema é que o clube alemão, além de negociar a multa rescisória com o clube paulista, já estava acertando bases salariais, apartamento, carro e
prémios com o jogador. Esta maneira de seduzir o atleta é ilegal e totalmente anti-ética. O São Paulo já declarou que vai denunciar os infratores à FIFA, e espero que consiga uma punição. É bom mostrar aos europeus que apesar de vendermos todos os nossos bons atletas, isso aqui não é zona, e precisam nos respeitar.

Assunto preferido: falta de profissionalismo.

Claro, a falta de profissionalismo dos dirigentes brasileiros é o principal assunto desse blog. Aproveito então a coluna de Carlos Macêdo, do JC, em que ele critica a falta de visão dos clubes. O jornalista compara os clubes brasileiros a europeus em um ponto bastante simples, a loja.

A crítica começa pela observação de que, na Ilha do Retiro, a pequena loja do Sport não permanece aberta em horário de jogo para que os torcedores possam comprar. Ainda cita o mesmo defeito no Flamengo e compara com o Ajax e o Benfica, clubes que possuem lojas exemplares, que não fecham nos jogos, e lucram muito mais do que sonha nossos clubes.

O Sport já está construindo uma nova loja, vamos ver o desempenho com o passar do tempo. Mas, uma coisa que eu gostaria de ressaltar, é a quantidade de pirataria vendida nas portas dos clubes. Pois bem, aquelas camisas mal-feitas, que são vendidas nas avenidas ao redor dos estádios,
geram um grande prejuízo ao clube. É preciso explorar a marca, mas também precisamos combater os criminosos que vendem produtos pirata.

Solução: Prender todo mundo. Na verdade, o mais importante é retirar esses vendedores do entorno dos estádios. Deve haver uma cooperação entre o clube e a polícia, um acordo. O flagrante é claro, falta apenas atitude, e os mais interessados, os clubes, devem tomar uma iniciativa.

Depois de retirados os ambulantes vai ficar mais fácil aos clubes de vender produtos oficiais. Claro, é preciso ter preços acessíveis, uma vez que, principalmente no Nordeste, o poder aquisitivo dos torcedores não é nada alto.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O CT do Sport.

A compra de um terreno pelo Sport Club do Recife é o ponto de partida para o crescimento. O que faltava ao rubro-negro, e ainda falta a muitos outros clubes no Brasil é formar seus próprios jogadores. Os maiores clubes brasileiros já descobriram isso há muito tempo. Os que ainda não realizaram esta tarefa devem correr atrás do seu próprio terreno.

Vou reproduzir as palavras de Fernando Menezes no JC de hoje: "O Sport fechou o negócio da compra de um amplo terreno , em Igarassu, onde vai construir seu CT. Enfim, um grande clube corrige uma falha grave. Não formar seus próprios atletas não era apenas um atraso, era sobretudo renunciar a uma fonte de renda forte. O CT não é despesa, é investimento".

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A arbitragem da série B.

O presidente do Santa Cruz, após ver seu time rebaixado à série C do campeonato brasileiro, denunciou um suposto esquema na arbitragem da competição. Foram apresentados emails de supostos funcionários da Comissão de Arbitragem exigindo dinheiro para ajudar o tricolor a conquistar pontos.

Mas, os emails não são provas contundentes da existência de um esquema. Na verdade, a única coisa provada foi a existência do crime de extorsão. Todos os papéis serão enviados à polícia federal e o Ministério Público, e depois poderemos ter certeza de quem são os criminosos.

Por enquanto não acredito na anulação da série B. Depois de terminadas as investigações e se for descoberto um esquema já será tarde demais. Para isso serve o STJD, que deve julgar a anulação do campeonato de forma urgente, para que no ano que vem não precisemos ficar com um campeonato em aberto.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Suderj assume culpa por lata?

A Suderj, administradora do Maracanã, quer assumir a culpa por uma lata arremessada por um torcedor do Flamengo no juiz Sávio Spinola, porque o rubro-negro carioca está seriamente ameaçado de jogar a última partida em casa com portões fechados.

Mas, sinceramente, se o STJD aceitar essa saída será uma vergonha. Afinal, o clube não é punido por ser dono do estádio, mas por ser responsável pelos atos de sua torcida. Independente de onde seja realizado o jogo, o importante é a atitude do torcedor. Para coibir tais atos é que a justiça desportiva pune o clube diretamente.

Desportivamente, o responsável é o Flamengo, mas civilmente a Suderj poderia ser responsabilizada caso fique provada uma falta de segurança do estádio, responsabilidade objetiva da empresa administradora. Já a responsabilidade desportiva não pode ser retirada do Flamengo, e a punição deve mesmo exisir, independente da vontade da Suderj.

Deputados discutem distribuição de cotas.

O deputado André de Paula (DEM-PE) é autor de uma proposta de emenda à constituição cujo intuito é oferecer condições para a criação de uma lei que trate do manuseio do dinheiro publico no futebol. Segundo os defensores do projeto, as verbas destinadas aos clubes deve ser considerada dinheiro público, e deve ser discutida de uma melhor forma.

Para entender a disparidade das verbas pagas pela TV, vejam que o Flamengo, integrante fundador do Clube dos 13 e clube de maior torcida do Brasil, recebeu R$ 28 milhões, enquanto o Nautico, recém-promovido à elite, recebeu apenas R$ 3 milhões. Essa disparidade absurda só prejudica o nosso futebol, favorece clubes já consagrados e impedem uma maior competitividade dentro do campeonato.

Já discuti essa distribuição de renda várias vezes, e continuo afirmando minha preferência por uma divisão igual entre todos os 20 clubes. Afinal, a TV paga pela transmissão do campeonato, e não só dos jogos de Flamengo ou Corinthians. É lógico que a maior transmissão de jogos do Corinthians faz com que o clube paulista receba mais de patrocinadores, nada mais justo. Injusto é a atual repartição das verbas, que só aumenta a desigualdade e prejudica a competitividade do Campeonato Brasileiro.

A Portuguesa também entrou na briga sobre o assunto ao criticar a divisão dos direitos do Campeonato Paulista (7 milhões para cada um dos quatro grandes - São Paulo, Santos, Palmeiras e Corinthians - e 1,3 milhão para cada um dos outros 16 participantes). Pelo visto, o problema ainda vai ser muito discutido, principalmente depois do racha que houve no Clube dos 13.
Informações do JC de 13 de novembro.


Mais sobre o assunto:
http://extracampo.blogspot.com/2007/10/ainda-sobre-as-verbas-da-tv.html

http://extracampo.blogspot.com/2007/10/dinheiro-ganha-jogo.html

Blatter quer restrição a jogadores estrangeiros.

O presidente da FIFA critica a atual formação dos times europeus, lamenta ele que nos clubes existam mais estrangeiros que atletas nascidos no país. E a polémica não envolve apenas futebol, o presidente da Federação Internacional de Vôlei também criticou o elevado numero de jogadores estrangeiros nos times italianos.

Joseph Blatter criticou, durante o anuncio do Brasil como sede da Copa 2014, o elevado número de atletas canarinhos no exterior, e até mesmo em seleções de todo o mundo. "Se não pararmos com a evasão de jogadores, em 2018 só haverá jogadores brasileiros nas seleções do mundo inteiro. Por favor, mantenham a maior parte dos atletas no seu país", disse o dirigente.

O presidente da FIFA pretende incluir alterações à legislação laboral-desportiva na nova Constituição Europeia. A intenção é obrigar os clubes a usarem, no mínimo, seis jogadores nascidos no país. E isso valeria também para os atletas comunitários.

Essas alterações serão bastante discutidas ainda, afinal, a livre circulação de trabalhadores na União Europeia é um dos princípios basilares da comunidade. As restrições a jogadores extra-comunitários já existe, é aí que se dificulta a missão do presidente da FIFA.

Uma coisa é certa, esse tipo de proibição, tornando-se realidade, poderá ajudar-nos no objetivo de segurar nossos bons jogadores por mais tempo. Mas, em opinião própria, não sou contra a venda de jogadores para a Europa, afinal, é o grande palco do futebol, mas sou extremamente contra o negócio de atletas com clubes árabes, isralenses, mexicanos, etc. A diminuição na exportação de atletas deve gerar também uma valorização dos craques brasileiros, que sairão em menor quantidade mas em maior valor.

sábado, 10 de novembro de 2007

Comprar barato e vender caro.

Chegando ao fim da temporada o campeão brasileiro já pensa nos reforços para 2008. E a lógica simples de mercado, comprar por pouco e vender por muito, é a base do trabalho do São Paulo Futebol Clube.

Parece lógico, mas na prática não é algo fácil. Hoje é muito difícil contratar jogadores baratos e com potencial. Mas gastar fortunas em medalhões é a contra-mão do comércio futebolístico. O técnico Muricy Ramalho já revelou que encontrar atletas que se encaixem neste perfil é uma tarefa complicada.

Dos nomes citados pelo treinador, Joílson do Botafogo tem chances por ser dono do próprio passe. Já o atleta Diego Souza, atualmente no Grêmio é mais complicado por pertencer ao Benfica. E quando se fala em euros no São Paulo, os caras da diretoria pulam - comenta Muricy. Outro nome levantado pela imprensa foi o do meia Alex do Fenerbahçe da Turquia, que foi rapidamente descartado pelo treinador, segundo ele, o Tricolor não faz loucuras por atleta nenhum.

Exemplo aos demais clubes brasileiros, o São Paulo mostra o caminho para o sucesso: gastar pouco e preparar os atletas para futuras negociações.
Informações do globoesporte.com -

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Maconha é doping?

Mais um atleta foi flagrado com a substância tetraidrocanabinol (THC), ou seja, maconha. Mas, se a droga não traz nenhum beneficio atlético, se nem mesmo foi utilizada no dia da partida, por que é considerada doping?

Todos os atletas que já foram flagrados pelo uso de maconha afirmam ter consumido em festas, com amigos, fora do horário de trabalho. Da mesma forma que muitos também fazem uso de álcool e tabaco, alguns são usuários também de maconha.

Teorias justificam esta substância como doping por ser uma droga proibida, e não por melhorar o rendimento atlético. O profissional do esporte, por ser um exemplo à sociedade, estaria proibido de consumir qualquer droga, até mesmo a maconha.

Sou contra esta teoria, não acho que maconha deva ser considerada doping. E se o objetivo é passar um bom exemplo e até evitar prejuízos futuros ao atleta, então o álcool deve ser proibido. Muito mais do que a maconha, o álcool prejudica o ser humano de várias formas, exemplos de jogadores alcoolatras são vários, e os depoimentos mostram sempre histórias tristes, assim foi Garrincha, o grande exemplo de atleta derrotado pelo vício.

Doping.

Depois de toda a polémica que ronda a nadadora Rebeca Gusmão, a lista de doping no Pan do Rio pode aumentar. Será que a vontade de vencer em casa levou a uma onda de dopagem? Espero que esses sejam casos isolados, e que a punição imposta aos atletas seja um exemplo para os mais novos.

O escândalo da troca de urina nos exames anti-doping, razão pela qual o DNA dos exames era diferente, pode ser a razão de um banimento à atleta. Outra que sofreu com isso foi Laura Azevedo, banida em 2005. Segundo a mãe de Laura, o exame de DNA também provou que a amostra de urina não era da sua filha. A mãe da atleta diz haver uma máfia nos exames, e que no caso de sua filha a amostra fora trocada para prejudicá-la, diferente do caso de Rebeca Gusmão.

Se as denúncias se confirmarem, estarão em apuros não só a nadadora, mas toda a comissão técnica e os responsáveis pela realização dos exames.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Pelé quer o fim da barreira.

Em entrevista concedida na Inglaterra, o Rei Pelé fez dois pedidos à FIFA, o primeiro é a utilização do replay o segundo é o fim da barreira nas cobranças de falta. Utilizar as novas tecnologias sempre foi uma resistência da FIFA, mas, talvez um dia isso acabe, como todos esperamos.

Já com relação ao fim da barreira, o argumento do Rei tem sentido: Como atacante que fui, não entendo por que não proibiram a barreira ainda. Um atacante pega a bola no meio-campo e dribla um ou dois jogadores, mas é derrubado quando está perto do gol. Ou seja, após passar por todos, um jogador faz falta no adversário e todos voltam novamente a estar na sua frente - comenta.

A cobrança de falta é um dos lances mais bonitos do futebol, e a dificuldade que a barreira causa é um elemento que valoriza esses gols. Porém, a falta de gols na última Copa do Mundo pode levar a idéia a ser considerada. No futebol de areia a falta não possui barreira, o que gera muitos gols. Uma vez já foi testado, não lembro a categoria, o sistema de proibir a barreira depois de um número x de faltas. Talvez seja algo a se considerar para mudar o futebol.

Vou torcer pelo São Paulo.

especial para o Blog do Torcedor

Quero mesmo que o tricolor paulista consiga vencer o Campeonato Brasileiro de novo ano que vem, e mais uma vez em 2009, e mais dez vezes se for preciso. Quanto mais o São Paulo for campeão mais ele irá inspirar os outros clubes a seguirem seus passos.

O clube paulista é um exemplo para os demais, é o que possui a melhor gestão, a mais profissional, o que possui a melhor estrutura e o melhor planejamento. Se o título viesse devido a um dirigente “cartolão”, deputado, que manda e desmanda, vencendo no fracasso dos adversários, não seria exemplo para ninguém. Mas o São Paulo vence por merecimento, por estar anos-luz à frente de seus adversários.

O campeão brasileiro de 2007 não possui apenas o melhor time do país, possui a melhor administração. Enquanto a maioria dos clubes chora miséria e se desdobra para pagar os salários e saldar as dívidas, o campeão brasileiro lucra mais a cada ano. O São Paulo mostra o caminho a ser seguido pelos demais: Centro de treinamento de primeiro mundo, centro de recuperação de atletas, um grande estádio, sócios em dia, bons contratos e excelentes profissionais.

O campeonato nem acabou e o São Paulo já mostra seu profissionalismo, renovou o contrato com a Reebok (R$ 43 milhões - o dobro do primeiro contrato firmado em 2005), e a empresa vai inaugurar mais dez lojas temáticas em todo o país, além disso o clube ainda fechou acordo com uma grande livraria que se instalará no Morumbi. Até mesmo a Coca-Cola, uma das maiores empresas do mundo, já anunciou que pretende montar um bar temático no estádio.

Muitos não aceitam comparar os paulistas com os demais clubes brasileiros, mas devemos sim. O tricolor não ficou rico da noite para o dia, o que levou o São Paulo ao status de hoje foi a excelente administração, dirigentes profissionais, que vêem o futebol como um negócio bastante lucrativo ao invés de cartolas torcedores que pensam a curto prazo.

O Campeão Brasileiro, como todos os outros times, também teve suas dificuldades devido ao poderoso mercado europeu, também perdeu jogadores importantes durante o campeonato, mas foi aí que se superou. Enquanto todos praguejavam contra o mercado o São Paulo olhou para dentro, e achou na base a solução para seus problemas. Hernanes entrou no time e dominou o meio-campo que havia perdido Josué para o futebol alemão. O zagueiro Breno, aos 18 anos, é considerado uma das maiores revelações do campeonato.

O Campeonato Brasileiro de 2007 só teve dois destaques, o campeão São Paulo e o rebaixado América. No mais, os outros times parecem farinha do mesmo saco, as vagas para as competições internacionais e os times rebaixados só serão descobertos nas últimas partidas, um campeonato que chama atenção pelo equilíbrio da 2ª à 19ª posição.

Pelo visto, não foi o Brasil que avançou rumo à profissionalização, foi apenas o São Paulo que disparou na frente, e se continuar assim, será campeão por mais 10 anos até que outro ameace sua hegemonia. Pelo menos o exemplo está dado, e um belo exemplo, diga-se de passagem.

120 dias ou 6 partidas?

A punição de Valdívia por 5 jogos levantou uma questão, em comparação com a punição de 120 dias a Gavillán. O gremista foi suspenso por agredir o palmeirense com um soco pelas costas. Uma diferença tão grande, por que?

O CBJD «Código Brasileiro de Justiça Desportiva» prevê penas muito distantes entre os tipos de infrações disciplinares dos atletas:

Art. 250 - praticar ato desleal - pena 1 a 3 partidas.
Art. 253 - praticar agressão física - 120 a 540 dias.
Art. 254 - praticar jogada violenta - 2 a 6 partidas.
Art. 255 - praticar ato de hostilidade - 1 a 3 partidas.

Vejam que da pena máxima de 6 jogos do art. 254 há muita distância para a mínima da agressão, 120 dias. As quatro alternativas apresentadas pelo CBJD ainda são poucas para enquadrar tudo que acontece nos gramados.

Juca Kfouri escreveu: "Há que se mudar o Código para que cada atitude tenha classificação correta e pena proporcional à gravidade do ato".

Engraçado é que Valdívia havia sido denunciado pelo art. 258, uma espécie genérica, que só deve ser utilizada quando não for possível enquadrar nos outros artigos. O tipo, considerado muito "aberto", também prevê uma pena de parâmetros muito distantes.

Art. 258 Assumir atitude contrária à disciplina ou à moral desportiva. Pena: suspensão de 1 a 10 partidas.

Talvez seja a hora de rever nosso Código.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Psicologia.

Falta muito pouco para o fim do Campeonato Brasileiro, e nessa hora uma coisa é muito importante, manter a tranquilidade. Mas, será que dá pra ficar tranquilo quando se luta contra o rebaixamento? Até os que lutam por uma vaga na Libertadores estão ansiosos.

Futebol é assim, a incerteza do resultado, a possibilidade do inimaginável acontecer e a certeza da imprevisibilidade é o que dão mais emoção à disputa. Agora, cabe aos psicólogos especializados trabalharem na motivação dos atletas. Em muitos times o que falta para vencer não está dentro de campo, está extra campo, no trabalho feito pela equipe técnica na cabeça dos atletas.

Muita motivação, tranquilidade e trabalho, será que é esta a receita?
Se algum psicólogo quiser dar sua contribuição, pode ficar à vontade e mandar seu artigo para o email: fernandotassoadv@gmail.com

Sensacionalismo.

A palestra do presidente da FPF (Federação Pernambucana de Futebol) aos jogadores do Santa Cruz criou uma grande polêmica. Mas, ao meu ver, as frases do presidente foram interpretadas de forma sensacionalista pela reportagem.

Tudo que foi dito na reunião tinha o simples objetivo de estimular os atletas, incentivar, dar força nessa reta final de campeonato. As frases não foram muito políticas, mas, todos sabemos que o presidente Carlos Alberto não é um homem de meias palavras. Talvez pela sua atitude agressiva em prol dos clubes pernambucanos ele tenha tantos desafetos no mundo do futebol.

Além dos comentários feitos sobre a arbitragem, sempre tão criticada pelos nordestinos (por que será?), duas frases foram bastante criticadas:
“Nessa hora vale tudo. Vocês (jogadores) precisam dar porrada. Do pescoço para baixo é canela.”
“O Sport é um time ruim, mas que venceu o Palmeiras por 3x1 na base do cacete”.

Não acho que o presidente tenha incentivado qualquer tipo de violência, ele apenas quis incentivar os atletas, afinal, faltando tão pouco para terminar o campeonato, os jogadores têm mesmo que encarar os jogos como batalhas, e permanecer na série B será a vitória em uma guerra de nervos.

Quando disse que o Sport venceu "na base do cacete" o presidente apenas ressaltou a vontade dos rubro-negros, afinal, o jogo não foi violento nem desleal, e o Sport não foi um time ruin, foi sim, nesse jogo, um time bem superior ao Palmeiras. Tanto que os dirigentes do Sport não esboçaram qualquer reação às declarações publicadas.

Violência: ignorância ou masoquismo?

Especial para o Blog dos Numeros
http://blogdosnumerospe.blogspot.com/

Depredar ônibus por si só já é uma atitude ignorante, mas danificar os veículos quando o time ganha, isso para mim é masoquismo. Do dicionário, masoquismo é o prazer que se sente com o próprio sofrimento. Ora, uma pessoa que destrói seus próprios bens, que depreda o ônibus que ele próprio usa, só pode ser mesmo um masoquista.

Os principais responsáveis são as torcidas do Santa Cruz e do Sport, a do Náutico se mantém exemplarmente comportada. Não podemos culpar apenas as torcidas organizadas, mas são as principais responsáveis por toda essa destruição. Só não dá para entender é o que eles ganham com isso, afinal, agem assim mesmo quando o time vence, e depois vão reclamar da falta de transporte em dias de jogo.

Estou sempre cobrando dos clubes uma atitude mais profissional e responsável, mais planejamento e mais inteligência dos dirigentes. Mas não podemos exigir apenas do clube, temos que cobrar da polícia e das autoridades judiciais. Mas, o pior é uma torcida como essa exigir qualquer coisa de seu clube. Se nem mesmo os torcedores sabem se comportar de forma civilizada, como podemos exigir alguma coisa?

Agora, todo mundo quer um estádio bonito, com cadeiras, banheiros, lanchonetes. É só ver os projetos para a Copa 2014 que os torcedores já sonham em ver seus times jogando em belíssimas arenas. Mas, e depois que a Copa do Mundo passar, vão quebrar tudo e voltar à estaca zero? É o meu medo, se o Estado não consegue proteger o património nem na vitória em jogo de uma só torcida, como vamos controlar os vândalos que frequentarão os arredores dos estádios, isso sem falar dos Hooligans que virão nos visitar.

Querem a receita do sucesso? Façamos como os ingleses: prevenção e punição. Está na hora de retirar os alambrados, rechear os estádios com seguranças e prender todos os que ameaçarem a paz, seja dentro ou fora do complexo desportivo. Os vândalos precisam ser banidos dos estádios, assim como fizeram os ingleses.

Precisamos de uma lei específica, que tipifique ações das torcidas e apresentem punições mais adequadas à situação, como a multa, o banimento e, apenas em casos extremos, a prisão. E isso precisa ser feito logo, se o Brasil esperar até perto da Copa não teremos tempo hábil para verificar os resultados das medidas que forem tomadas. Vamos acabar com os alambrados, tratando os torcedores de forma civilizada talvez possamos esperar atos mais dignos, tratando os torcedores como animais não podemos exigir nada além do que vemos hoje.

Para quem gosta de números: O UK Home Office (Ministério do Interior) publicou estatísticas sobre a violência nos estádios, que mostra a eficácia dos métodos e penas utilizadas pela legislação inglesa. Redução no número de prisões, aumento no número de banimentos e outras estatísticas que mostram a importância da erradicação da violência: o maior público nos estádios em 34 anos, 29.197.510, produzindo 1.263 prisões, uma média de 0,01%.

Vamos seguir os exemplos bem-sucedidos, como este da Inglaterra.
Os números da violência contra os ônibus do Recife você pode encontrar no Blog dos Numeros.


terça-feira, 6 de novembro de 2007

FIFA quer proibir "direitos econômicos".

A FIFA pretende incluir nas regras sobre as tranferências de atletas a proibição do clube em negociar o "direito econômico" dos jogadores. Isso pode impedir cenas lamentáveis como a do Thiago Neves.

Não será impedido os investimentos nos clubes, apenas regulará melhor a situação das transferências. Sou sempre favorável aos que querem investir no esporte, mas estamos à beira do caos com o sistema atual. O que mais me espanta é que muitos empresários de jogadores vêm lucrando barbaridades enquanto os clubes choram miséria com um pires na mão.

A cessão de direitos não deixará de existir, até porque é uma figura do Direito Civil, mais antiga que o próprio futebol. As novas regras dependerão de uma boa regulamentação para que seja clara e sem lacunas. Para mim, os clubes não devem deixar de negociar antecipadamente com investidores as verbas que receberão pela transferência de um atleta. O que deve ser mantido, e isso jamais pode ser cedido, é a legitimidade exclusiva do clube em negociar o atleta.

Não é a cessão de direitos que precisa acabar, e sim a função mercenária de empresários que só pensam no lucro. Cabe ao clube que possui contrato com o atleta negociá-lo com outro e não ao investidor, este ultimo possui apenas o direito de receber o retorno pelo seu investimento. Isso impediria a repetição do caso Thiago Neves, onde mais de um empresário negocia o atleta com mais de um clube, conseguiram até que o atleta assinasse dois contratos com times diferentes.

Mais sobre o caso Thiago neves:

http://extracampo.blogspot.com/2007/10/thiago-neves-vamos-encerrar-o-asunto.html

sábado, 3 de novembro de 2007

Arquivos sobre a Copa do Mundo 2014.

Lista dos posts sobre a Copa do Mundo 2014.

O Nautico e sua Arena
http://extracampo.blogspot.com/2007/12/o-nautico-e-sua-arena.html

Recife: construir ou reformar?
http://extracampo.blogspot.com/2007/11/recife-construir-ou-reformar.html

Copa com cara de Europa.
http://extracampo.blogspot.com/2007/11/copa-no-brasil-com-cara-de-europa.html

Anunciada a vitória do Brasil.
http://extracampo.blogspot.com/2007/10/copa-do-mundo-de-2014.html

Duas arenas em SP?
http://extracampo.blogspot.com/2007/11/duas-arenas-em-sp.html

Arquivos sobre o Futebol Feminino.

Vou listar todos os posts sobre o Futebol Feminino e adicionar um link na barra ao lado. Agora vai fivar mais fácil acessar os posts mais antigos sobre o assunto.

Divulgação do futebol Feminino.
http://extracampo.blogspot.com/2007/10/futfem.html

Recife: construir ou reformar?

O que seria melhor, construir um novo estádio «Arena Recife-Olinda» ou reformar um que existe, a Ilha do Retiro ou o Arruda? O problema todo em construir é a falta de clube para assumir o empreendimento, o Náutico não manifestou tanto interesse, e sem clube não há viabilidade, tonar-se-á um "Elefante Branco".

O presidente do Santa Cruz irá apresentar um projeto de reforma, com todos os requisitos da FIFA. O vice do Sport prometeu uma arena se o Recife for sub-sede, e declarou que fará tudo sem dinheiro do governo. Bom, a localização dos dois estádios não é favorável, bem como a estrutura e o estado de conservamento.

Os valores que aprsentaram para viabilizar tais reformas foi fora da realidade, o Santa Cruz reformaria o Arruda por 190 milhões, já a Ilha seria transformada pela bagatela de 70 milhões. Só? Eu te empresto...

O lado bom disso tudo é que podemos ver investidores a reformar mesmo os estádios que não receberão jogos da Copa. Pode ser uma boa oportunidade para valorizar o nosso futebol, nosso campeonato, nossos torcedores e não só os atletas.

Copa no Brasil, com cara de Europa.

Uma coisa é certa, depois de construir e reformar todos os estádios, veremos uma tendência arquitetônica dos estádios da FIFA. Vejam o Engenhão, que é quase um estádio de Copa do Mundo, tem um aspecto muito parecido com os novos estádios europeus.

Bom, para a Copa do Mundo 2014 ter cara de Brasil, os estádios não podem ter cobertura, nem cadeiras, ainda precisam ter poucas entradas e saídas para dificultar o acesso, estacionamento nem pensar. Ah, pra ter cara de Brasil, tem que ter aquele cheiro de banheiro, tão peculiar.