sexta-feira, 18 de julho de 2008

O imediatismo do futebol.

A palavra estabilidade não existe no vocabulário do futebol brasileiro. Para os dirigentes, e para os torcedores também, o que importa é a próxima vitória, é o campeonato em disputa, são os resultados imediatos. Não há, no futebol brasileiro, principalmente no pernambucano, planejamento a longo prazo.

Mas, o que seria um planejamento a longo prazo? É investir em estrutura, categoria de base, marketing, profissionais qualificados. E não investir toda a verba no time de futebol. Esses atletas que defendem as cores de nossos amados clubes estão só de passagem, a maioria nem tem contrato por mais de dois anos.

Os clubes, em busca do resultado positivo, acabam investindo mais do que podem e criam equipes inviáveis financeiramente. Um clube que mantém a contabilidade sob controle, mas não vence o campeonato, tem possibilidade de evoluir, fortalecer-se e, no futuro, montar equipes mais fortes.

O grande problema é a pressão da torcida. Em clubes de massa é muito mais difícil ter uma gestão controlada, porque o imediatismo impera. As exigências da torcida fazem com que os clubes gastem mais do que podem e deixem de investir em áreas essenciais para o crescimento.

A venda de atletas, por exemplo, é um recurso dos clubes para ganhar dinheiro imediatamente. Mas, um clube forte, bem administrado, pode segurar seus melhores atletas e fortalecer sua equipe. A boa administração busca receitas alternativas e investe no crescimento da instituição.Infelizmente, essa cultura imediatista só atrasa o crescimento econômico dos clubes.

Mas, para o torcedor, enquanto as vitórias estiverem vindo, pouco importa se as dívidas estejam se acumulando.

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