segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cenas lamentáveis em Campina Grande.

Na estréia do Santa Cruz na terceira divisão, pior do que a derrota, foram as cenas lastimáveis de violência entre as torcidas dos dois clubes. Antes do jogo, do lado de fora do estádio, o que se viu foi muita correria, torcedores atirando bombas e pedras, armando-se com paus e até facões. Nas arquibancadas, a torcida coral entrou em confronto com a polícia e as cenas de violência foram registradas pelas câmeras de TV, para que todo mundo pudesse ver.

Eu pergunto: até quando? Até quando precisaremos ter medo de ir aos estádios? Até quando a polícia vai continuar agindo como se fossem marginais? Até quando vândalos usarão as cores de um clube para justificar a violência? Até quando estes marginais permanecerão nos estádios? Até quando os clubes, federações e poder público permanecerão omissos?

Estamos sempre pedindo iniciativas do poder público, sempre querendo novas leis, mais rígidas. Mas, quem são os maiores interessados em acabar com a violência? Ora, os bons torcedores e os clubes. E o que é que os clubes fazem para acabar com a violência? Nada. Mas, alguém sabe quem são os responsáveis pela violência? Sim, os uniformizados. Então, o que falta?

Falta aos clubes reconhecerem que eles são os maiores interessados em acabar com a violência. Falta começar a agir em vez de esperar a ação do poder público, até porque, este não costuma ser muito rápido nas suas ações.

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