quinta-feira, 24 de abril de 2008

Futebol na política.

Já estamos acostumados a ver políticos envolvidos com o futebol. Normalmente os parlamentares ocupam cargos de diretoria em clubes, ou são até presidentes de alguns. Mas agora o fenômeno é de futebolistas que se candidatarão a cargos eletivos nas próximas eleições. Em Recife o candidato a vereador será o atacante Kuki, ídolo do Náutico.

Mas, quem está investindo bastante nesta estratégia é o PCdoB (Partido Comunista do Brasil). O partido lançará as candidaturas de: Ana Paula Oliveira, a famosa bandeirinha e modelo; os ex-jogadores Wladimir e Basílio; o mesa-tenista Hugo Hoyama; a ex-atacante Maycon Jackson; e a ex-atleta Conceição Geremias. O partido aposta na popularidade dos atletas para conseguir mais vagas na câmara de vereadores.

Atletas ocupando cargos eletivos não é novidade. Vejam alguns que já sentaram nas cadeiras do legislativo: o palemirense Ademir da Guia, o ex-judoca Aurélio Miguel e o ex-corintiano Biro-Biro, que elegeu-se vereador em São Paulo em 1989. No Rio de Janeiro, o caso mais famoso é o de Roberto Dinamite. Em 1992, o ex-atacante do Vasco e da seleção brasileira foi eleito vereador pelo PSDB, com 34.893 votos. Nos quatro pleitos seguintes foi eleito deputado estadual, somando mais de 200 mil votos.

Sou totalmente a favor de investimentos públicos na área esportiva, principalmente com o caráter sócio-educativo. O esporte pode ser a solução para muitos dos problemas graves do nosso país. Mas, eleger atletas para cargos legislativos não significa investir no esporte. Política é coisa séria e deve ser feita por pessoas capazes e não por pessoas que se aproveitem da fama para conseguir votos. A candidatura destas pessoas deve ser analisada com calma pelos eleitores. O voto não pode ser um grito de torcida, deve ser um exercício de cidadania com responsabilidade e consciência.

Fonte:
http://maquinadoesporte.uol.com.br/v2/noticias.asp?id=9004

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