segunda-feira, 2 de junho de 2008

Quando a polícia entra em campo.

Quando a polícia militar de Pernambuco entrou no gramado do Estádio dos Aflitos, formou-se uma confusão de tais proporções que foi noticiada até na Itália e em outros países. Os noticiários de todas as emissoras brasileiras concentraram-se no caso, dando repercussão instantânea.

Enquanto alguns jornalistas criticavam a polícia, mais especificamente a de Pernambuco, outros defendiam os policiais e culpavam o atleta pelo incidente. Foi quando deu-se adeus à imparcialidade, julgando o caso segundo convicções pessoais. A imprensa do Sul critica a polícia, enquanto os jornalistas pernambucanos culpam o jogador.

Sinceramente, neste caso o mais difícil é encontrar um inocente. O primeiro errado é o atleta, pela garrafa que chutou e pelos gestos que mostrou à torcida, e depois por ter ofendido os policiais. O atleta mostrou muito descontrole emocional e falta de profissionalismo.

Mas, é difícil dar razão à polícia. Com sua forma truculenta de agir, com força excessiva, agressões e ameaças, os policiais criaram uma confusão muito maior do que seria necessário. Tentar imobilizar e deter o atleta dentro de campo, usar spray de pimenta, ameaçar os atletas, isso tudo poderia ter sido evitado.

Só espero que tudo isso sirva de lição, aos atletas para terem mais calma e à policia também. Estes incidentes prejudicam o futebol, o espetáculo, o campeonato e seus participantes. O incidente mancha a imagem da polícia, da cidade do Recife e do futebol brasileiro, já exaustivamente criticado pela falta de profissionalismo.

Um comentário:

DiAfonso disse...

Olá, Caro Fernando Tasso.

É evidente que tudo poderia não ter ocorrido, se o Atleta se portasse como um desportista. O Batalhão de Choque da PMPE pode até ter exacerbado nas suas atribuições (não consigo ainda ter isso como claro em minha mente). De modo que não se deve, penso, discutir a ação da polícia pernambucana, a priori, mas as atitudes insanas do Atleta André Luís. Ademais, a imprensa sudestina desfocou a discussão. Na CartaCapital, a colunista Rosane Pavam fez uma "análise simbólica" a partir do ocorrido, mas não vislumbrou, ao menos, as tresloucadas ações do zagueiro botafoguense. Se deseja, vá ao meu blog e veja como me posiciono quanto àqueles fatos. Não sou PM, não tenho família na PM e torço pelo SCFC (vai melhorar... rsr). Abraços!