quarta-feira, 14 de maio de 2008

Uma final regada a preconceito.

Zenit da Rússia e Rangers da Escócia se enfrentam hoje pelo título da Copa da Uefa em Manchester, na Inglaterra. Mas, o destaque desses dois clubes é a forma como lidam com as diferenças e o preconceito racial ou religioso. De uma lado um clube que não contrata negros, do outro um que só aceitou católicos a partir de 1989.

A realidade escocesa sempre foi marcada pela intolerância religiosa, que se reflete nos dois maiores clubes do país, o Rangers, de maioria protestante e o Celtic de simpatizantes católicos. Apenas em 1989 o Rangers mudou sua política de contratações, quando assinou com Mo Johnston, atacante que havia brilhado com a camisa do Celtic alguns anos antes.

No clube russo o preconceito é racial. Além de uma torcida que costuma ofender os negros com faixas e cânticos racistas, a política de contratações veta a negociação com qualquer atleta negro. O técnico Advocaat em uma entrevista recente disse: "Não quero negros no meu time porque meus torcedores não querem". A atitude da torcida quase custou ao clube, já que a Uefa ameaçou eliminar os russos devido ao comportamento de seus torcedores.

Infelizmente o racismo ainda está presente no futebol. Infelizmente há pessoas que ainda vêem os clubes como uma extensão do preconceito, pregando o ódio e a violência. Felizmente, na Escócia, já é possível ver que futebol e religião são já se divorciaram. Falta aos russos verem que a bola é "preta e branca".

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