quarta-feira, 30 de abril de 2008

INGRESSOS

A venda de ingressos gera muitas polêmicas, desde o preço até a atuação dos cambistas. Hoje o Sport enfrenta o Palmeiras na Ilha do Retiro com uma promessa de casa lotada. Mas, a venda de ingressos para este jogo tem chamado a atenção. Filas quilométricas e cambistas aos montes tumultuaram as bilheterias do estádio nos primeiros dias de venda. A diretoria já havia anunciado que o ingresso aumentaria de preço hoje às 18h, mas o que impressiona é que a bilheteria só abrirá às 16h, ou seja, o torcedor tem duas horas para comprar os ingressos mais baratos.

Em São Paulo os ingressos para a partida final entre Palmeiras e Ponte Preta se esgotaram em apenas três horas. Agora há cambistas vendendo ingressos por R$ 200,00. E por causa desta ação dos cambistas há muita gente reclamando, de novo. Mas, há dirigentes que admitem: "os cambistas são um mau necessário". O fato é que, se a torcida não comparece, quem fica com o ingresso na mão é o cambista, e não o clube.

Mas, tenho outras críticas a fazer, além da ação de cambistas. A alta concentração de venda nas bilheterias dos estádios e o pouco tempo de venda. Apesar de haver venda de ingressos em outros pontos, a maior parte dos ingressos fica mesmo no clube, o que gera filas enormes e confusões desnecessárias. Além do mais, os ingressos são postos à venda muito tarde, restando pouco tempo para os torcedores comprarem.

Só quero fazer uma sugestão: a venda on-line. É impressionante que na era digital os torcedores ainda precisem passar horas em filas e brigar contra cambistas para ter acesso aos ingressos. Está na hora de evoluir.

terça-feira, 29 de abril de 2008

O rio corre para o mar.

A frase título do post foi proferida pelo volante Hernanes do São Paulo. Ao ser questionado sobre o interesse dos clubes europeus na sua contratação, o atleta disse só ouvir comentários, ainda não há nada concreto. Hernanes disse que ir para a Europa é inevitável, por isso a frase filosófica do título, mas ainda não tem idéia de quando isso irá acontecer.

Hernanes foi um dos melhores jogadores do São Paulo no título brasileiro de 2007, e este ano vem sendo muito elogiado pelo técnico Muricy Ramalho, mesmo quando o time não jogou bem. Como a janela principal de transferências da Europa é agora no meio do ano, parece dificil que o jogador permaneça no tricolor até o final do campeonato nacional.

Após a bonita frase de Hernanes, fica a pergunta: a transferência para a Europa é inevitável? A resposta é até fácil: sim, é inevitável. Tanto Hernanes, como muitos outros atletas que se destacam no campeonato brasileiro têm destino certo. A idade do volante ainda contribui bastante para a sua valorização. Com apenas 22 anos, o atleta é o tipo de jogador que os europeus cobiçam, capaz de evoluir para se tornar um craque.

Os maiores interessados até agora são os times de Milão, mas muitos
outros ainda devem se juntar à briga pelo atleta. O jogador ainda deve disputar as olimpíadas pela seleção, o que o valorizará ainda mais. E com isso o São Paulo vai aumentando seus lucros, distanciando-se cada vez mais dos adversários no quesito financeiro.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Bebidas proibidas nos estádios.

A CBF e o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça assinaram um documento proibindo a venda de bebidas alcoólicas nos estádios do Brasil. A medida entrará em vigor já nos campeonatos brasileiros de 2008. Este tipo de proibição já existia em alguns estados. No Mineirão, por exemplo, um estudo já mostra que o número de ocorrências diminuiu 70% com a proibição.

A medida divide opiniões. Os que se mostram a favor da proibição sustentam o argumento de que o álcool contribui para a violência. Do outro lado, os contrários à medida invocam o prejuízo financeiro que os clubes sofrerão. Mas, a discussão agora é inútil, afinal, a medida já foi tomada e dificilmente será revertida.

Eu já fui contra a proibição, principalmente porque acredito que as maiores responsáveis pela violência são as torcidas organizadas. E este tipo de vândalo não comete crimes devido ao abuso do álcool, mas por fatores diversos que se somam ao fato de andarem em bando. Mas, não podemos atribuir às TOs toda a culpa, temos que pensar também naquele torcedor comum, que após alguns copos de cerveja torna-se um indivíduo instável.

Hoje eu sou a favor da proibição e espero que a medida tenha resultado. Afinal, a violência é o principal fator que afasta os torcedores dos estádios. O futebol já envolve muita emoção, e apesar do álcool não gerar violência, retira-nos o freio que impede um cidadão comum de tornar-se um criminoso. Vale ressaltar ainda que na Copa do Mundo a bebida é proibida e assim seria em 2014 no Brasil, independente desta atitude da CBF.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Prisão ou suspensão?

A condenação de Rachid Bouaouzan a seis meses de prisão na Holanda reacendeu uma discussão antiga. Qual a punição adequada aos jogadores violentos? Prisão, como um criminoso comum, ou suspensão, pela justiça desportiva? A única certeza é que jogadores violentos como este não podem ficar impunes.

O Código Penal prevê como exclusão da ilicitude o “exercício regular do direito”. Normalmente as lesões ocorridas em uma partida de futebol se enquadram nesta categoria, afinal, as lesões também fazem parte do esporte. Assim, entende-se que, quando respeitadas as regras, se o agente provoca uma lesão, não pode ser punido. Mas, ressalte-se que este exercício do direito deve ser regular. Ou seja, todo o excesso, bem como atos estranhos ao esporte, pode e deve ser punido pela justiça criminal.

Enquanto isso, a justiça desportiva pune o atleta com suspensão de 120 a 540 dias por agressão e 2 a 6 partidas por jogada violenta. E o art. 253, que trata a agressão, prevê no §2º uma suspensão pelo mesmo prazo em que o agredido permanecer fora dos gramados. Mas, isto é no caso de agressão, não aplicável à jogada violenta, que muitas vezes machuca ainda mais que uma agressão.

Então, a pergunta continua: Prender ou suspender? Sou contra a pena de prisão em muitos dos casos, mas com certeza há atletas que merecem mais que uma suspensão. Porém, a pena de prisão, se não for acompanhada de uma suspensão, pode não ser suficiente, já que o atleta retornaria a campo após o cumprimento da pena. E a pena de prisão pode ser até menor que uma suspensão, principalmente se levar em conta as penas alternativas e a liberdade condicional.

Na minha humilde opinião os agressores merecem penas mais severas. Sou a favor das penas proporcionais às lesões, assim, no caso em que o atleta encerra sua carreira por uma lesão, o agressor deve mesmo ser banido do esporte.

O futebol é lugar para gênios, artistas, atletas e nunca para criminosos.

Veja o vídeo da jogada que condenou Bouaouzan:

Ídolos do marketing.

O Sport confirmou a volta do meia Fumagalli à Ilha do Retiro. O jogador, que ainda é ídolo da torcida pelo que fez nos últimos anos, deve chegar com seu status renovado. E a diretoria já anunciou que está negociando com a Lotto a confecção de camisas comemorativas com o número 7 e o nome do jogador. Se a notícia se confirmar será uma bela jogada de marketing.

Eu sempre defendi a exploração dos ídolos para gerar mais rendas ao clube, principalmente através destas camisas. Hoje o Santa Cruz não parece ter nenhum atleta com o nível de identificação necessária para tanto, mas as crias corais, os pratas da casa, podem ser objeto de um pojeto de marketing diferenciado.

Enquanto isso, no Náutico, o maior candidato a ídolo era o meia Geraldo, mas o atleta não tem rendido tanto nos últimos jogos. Ainda nos Aflitos, o atacante Kuki pode ser considerado um eterno ídolo, digno de uma camisa com seu nome. E Wellington, se continuar fazendo gols, pode ser um ídolo da torcida no campeonato brasileiro. Agora só falta a diretoria investir nestas figuras.

Sobre as camisas dos ídolos, leiam a matéria que foi publicada no Blog do Torcedor em setembro do ano passado:
http://extracampo.blogspot.com/2007/09/o-valor-da-camisa_12.html

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Futebol na política.

Já estamos acostumados a ver políticos envolvidos com o futebol. Normalmente os parlamentares ocupam cargos de diretoria em clubes, ou são até presidentes de alguns. Mas agora o fenômeno é de futebolistas que se candidatarão a cargos eletivos nas próximas eleições. Em Recife o candidato a vereador será o atacante Kuki, ídolo do Náutico.

Mas, quem está investindo bastante nesta estratégia é o PCdoB (Partido Comunista do Brasil). O partido lançará as candidaturas de: Ana Paula Oliveira, a famosa bandeirinha e modelo; os ex-jogadores Wladimir e Basílio; o mesa-tenista Hugo Hoyama; a ex-atacante Maycon Jackson; e a ex-atleta Conceição Geremias. O partido aposta na popularidade dos atletas para conseguir mais vagas na câmara de vereadores.

Atletas ocupando cargos eletivos não é novidade. Vejam alguns que já sentaram nas cadeiras do legislativo: o palemirense Ademir da Guia, o ex-judoca Aurélio Miguel e o ex-corintiano Biro-Biro, que elegeu-se vereador em São Paulo em 1989. No Rio de Janeiro, o caso mais famoso é o de Roberto Dinamite. Em 1992, o ex-atacante do Vasco e da seleção brasileira foi eleito vereador pelo PSDB, com 34.893 votos. Nos quatro pleitos seguintes foi eleito deputado estadual, somando mais de 200 mil votos.

Sou totalmente a favor de investimentos públicos na área esportiva, principalmente com o caráter sócio-educativo. O esporte pode ser a solução para muitos dos problemas graves do nosso país. Mas, eleger atletas para cargos legislativos não significa investir no esporte. Política é coisa séria e deve ser feita por pessoas capazes e não por pessoas que se aproveitem da fama para conseguir votos. A candidatura destas pessoas deve ser analisada com calma pelos eleitores. O voto não pode ser um grito de torcida, deve ser um exercício de cidadania com responsabilidade e consciência.

Fonte:
http://maquinadoesporte.uol.com.br/v2/noticias.asp?id=9004

Jogador condenado a prisão na Holanda.

Rachid Bouaouzan foi condenado a seis meses de prisão por uma falta cometida em uma partida de futebol. Quando seu adversário tentou chutar a bola, Bouaouzan, numa voadora, acerto-lhe a perna, quebrando-a em dois lugares. O jogador, que hoje atua pelo Wigan, da Inglaterra, foi condenado por lesão corporal intencional, principalmente pelo fato de ter encerrado a carreira de seu adversário. Bouaouzan recorreu da decisão, ele argumenta que as regras aplicadas às situações que acontecem no campo devem ser menos severas que as aplicadas à vida comum.

No Brasil, a lei penal prevê como exclusão de responsabilidade o "exercício regular do direito". Assim, se o futebol for praticado dentro das regras, o agente não poderia ser punido se lesionasse seu adversário. Mas, ressalte-se que as regras devem ser respeitadas, e o excesso também pode ser punido. Note que se fala em exercício REGULAR do direito, ou seja, a ação do agente deve ser considerada normal, ou então estaria fora deste instituto, sendo assim punível pela justiça criminal.

Vejam o lance no vídeo do youtube e tirem suas conclusões.


quarta-feira, 23 de abril de 2008

Projeto de lei confunde Direito de Imagem com Direito de Arena.

O Deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), prevendo um novo regramento para o (já tão discutido) Direto de Imagem, ou melhor dizendo, a cessão de uso deste. Caberia aos clubes, pelo projeto, o direito de "negociar, autorizar, proibir a fixação transmissão e retransmissão de imagem de espetáculo ou evento desportivo que participam". Ainda, um total de 20% é previsto como montante a ser distribuído, em partes iguais, aos atletas que participam do evento.

Ora, o ilustre parlamentar confundiu os institutos. Na verdade, o projeto trata de direito de arena e não de imagem. Além do mais, o que o deputado propõe é uma regra que já existe. Vejam o que diz o art. 42 da Lei Pelé (Lei 9615):

"Art. 42. Às entidades de prática desportiva pertence o direito de negociar, autorizar e proibir a fixação, a transmissão ou retransmissão de imagem de espetáculo ou eventos desportivos de que participem.
§ 1º Salvo convenção em contrário, vinte por cento do preço total da autorização, como mínimo, será distribuído, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo ou evento".

Sinceramente, aconselho o deputado a gastar mais tempo lendo as leis do que inventando projetos inúteis. Enquanto isso, o projeto sobre contrato de trabalho desportivo tramita a passos lentos no congresso.

Querem entender melhor a diferença entre direito de arena e direito de imagem? Leiam:
http://extracampo.blogspot.com/2008/03/direito-de-imagem-x-direito-de-arena.html

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O Campeonato Pernambucano de 2008.

Ainda falta uma rodada para o campeonato terminar, ao menos oficialmente. Mas, com o título nas mãos do Sport, já podemos fazer um balanço do que foi o campeonato estadual deste ano. Assunto é o que não falta, desde o regulamento esdrúxulo até o título incontestável do Sport, passando, claro, pela crise coral.

O regulamento deste campeonato foi a grande estrela, mais comentado que o título rubro-negro e mais criticado que o presidente Edinho. No começo era apenas confuso, depois foi-se percebendo que era também injusto, ao fim podemos dizer que era simplesmente patético. A maior crítica, claro, é a falta de clássicos, mas isso já se falou demais.

Sinceramente, o pior é o que está por vir. Quem ficará com as vagas à série "C"? Central, Ypiranga e Serrano, que disputaram o segundo turno, brigam contra Petrolina e Porto, que estão no hexagonal do rebaixamento. Aí eu pergunto: faz algum sentido?

Os clubes foram divididos entre piores e melhores, mas no fim, os piores acabam levando vantagem. Pior para os clubes que montaram equipes mais fortes, que investiram mais e se planejaram melhor.

Depois do regulamento o assunto mais discutido este campeonato foi a crise do Santa Cruz e um possível impeachment do presidente. Mas, aí eu pergunto: a culpa é só de Edinho? Será que esta crise não era anunciada? E pior, será que um novo presidente pode mudar o clube da água para o vinho? O problemado Santa Cruz é o mesmo de muitos outros clubes, a má administração, não só de Edinho.

O futebol está evoluindo, está ficando cada vez mais profissional, e se continuarmos pensando com a mesma cabeça de vinte anos atrás o bonde da evolução vai passar e o Santinha vai perdê-lo. Profissionalismo não é pedir esmola a ex-presidentes ou empresários apaixonados, é administrar o clube como uma empresa, que pode sim gerar muito lucro e não só dívidas.

Por fim, parabenizo o Sport Club do Recife, campeão pernambucano de 2008. Mas, os meus parabéns não são para os jogadores e sim aos dirigentes. O Sport tem acompanhado a evolução do futebol e investido nos lugares certos.

O Centro de Treinamento, a nova loja, novos patrocinadores e um bom trabalho de marketing marcaram o começo do ano rubro-negro. Mas, nem se empolguem, ainda há muito a melhorar. Os dirigentes ainda pensam muito em formas de gastar dinheiro e pouco em investimentos que tragam retorno financeiro.

Agora, com o título na mão, é hora de lançar uma forte campanha de sócios para aumentar o patrimônio do clube. De nada adianta ter uma grande torcida se não souber explorá-la. Bom, mas agora o campeonato já era. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. E que venha o Campeonato Brasileiro, seja a série que for.

Ano que vem tem mais campeonato pernambucano, e com o mesmo regulamento, afinal, élei. Fazer o quê?

O Sport foi campeão. E agora?

Parabéns ao Sport Club do Recife, incontestavelmente e merecidamente campeão pernambucano de 2008. Este foi o terceiro título seguido do Sport, que parece querer repetir a década de 90, quando dominou o futebol do estado. Mas, e agora? Além de poder zoar os adversários e ostentar mais uma taça, o que este título pode acrescentar ao clube?

Um título, pode ser apenas uma conquista, apenas mais uma taça, mas pode ser uma boa oportunidade de bons negócios também. A moral da torcida e a paixão pelo clube estão em alta. A exposição do clube na mídia foi enorme, e a reputação do clube no cenário nacional cresce bastante com mais este título.

O primordial agora é lançar uma campanha para atrair novos sócios e aqueles que estão afastados. Com a excitação do título não há melhor momento para lançar uma campanha, ainda mais às vésperas do Campeonato Brasileiro. Aumentar o número de sócios deveria ser um objetivo permanente em todos os clubes.

Além dos sócios, o clube deve aproveitar a exposição na mídia para negociar novos patrocinadores e investidores. O momento é agora, antes do começo do Brasileirão. Com a reputação do clube em alta os contratos de patrocínio podem ser muito mais valorizados.

O tri-campeonato pode render mais do que uma taça, basta saber aproveitar o momento.

Confira a conquista rubro-negra no vídeo do globoesporte.com.


quarta-feira, 16 de abril de 2008

A mão, a bola e a justiça.

No clássico da semi-final paulista, entre Palmeiras e São Paulo, no último domingo, um lance ainda gera polêmicas. Adriano usou a mão para empurrar a bola para dentro do gol palmeirense, mas o árbitro Paulo Cesar de Oliveira validou o gol, e ainda disse que o toque não havia sido intencional. Ou seja, o árbitro viu, mas interpretou como "bola na mão" e não "mão na bola".

Bom, discordo completamente da interpretação, afinal, o atacante usou a mão para marcar o gol, usou a experiência e a malandragem. Após o jogo o atacante ainda admitiu ter usado a mão e disse: "se Maradona pode, eu também posso". Ora, se isso não foi um toque intencional, então agradeço por não ser árbitro de futebol.

A questão que surge agora é a seguinte: Adriano poderia ser punido pelo TJD? A resposta é sim, poderia. Mas, ressalte-se que isto não deve acontecer, apesar de existir a possibilidade. Para tanto, lembro dois casos, um aqui no TJD-PE, onde, recentemente, um atleta foi suspenso por colocar a mão na bola. Ele havia sido expulso e foi denunciado no art. 250 (ato desleal ou incoveniente).

Outro caso, ainda mais parecido aconteceu há um ano, em Goiás. O TJD suspendeu o atacante Fabrício Carvalho, do Goiás, pelo gol de mão marcado na primeira partida da semifinal do Campeonato Goiano. A equipe esmeraldina venceu o Vila Nova-GO por 2 a 1. O atleta fora denunciado no art. 258 (assumir atitude contrária à disciplina ou à moral do esporte).

Sou contra uma punição ao Adriano, acredito que o lance já foi interpretado e decidido pelo próprio árbitro, mesmo discordando de tal interpretação. Uma interferência da justiça neste momento não seria razoável. Mas, é sempre bom lembrar que a punição é possível, mesmo não sendo provável.

Veja o lance no globoesporte.com

terça-feira, 15 de abril de 2008

Náutico vence a batalha das cotas.


O Náutico conseguiu, depois de muita luta e muita negociação, aumentar sua cota nas verbas de televisionamento da Série A do Campeonato Brasileiro. A verba destinada ao alvi-rubro era R$3,2 milhões, mas o Náutico, com a ajuda de políticos pernambucanos, aumentou este valor para R$ 5 milhões. E o bom é que o clube não pediu nenhum adiantamento ainda, ou seja, terá a verba inteiramente para o campeonato nacional.

Sempre defendi uma maior igualdade nesta distribuição, bem como a saída do Clube dos 13 das negociações. E a polêmica gerada pelo Náutico parece ter surtido efeito, já que o critério desta distribuição vem sendo muito discutido e, possivelmente, mudará no ano de 2009. Critérios mais objetivos, como a média de público, devem ser consideraos para esta divisão.

A minha maior crítica sempre foi quanto à disparidade desta distribuição, que dá quase 30 milhões de reais a um clube e 3,5 milhões a outro que disputa a mesma competição. Além disso, a presença do Clube dos 13 favorece seus associados, prejudicando os demais. O tamanho da torcida, a visibilidade e a audiência, bem como o número de jogos exibidos deve mesmo ser levado em consideração, mas fazer parte ou não de um "grupinho" não pode ser critério para valorar esta cota.

A atual divisão só contribui para a desigualdade e prejudica a competição. Os clubes nordestinos já sofrem com uma conbdição financeira desfavorável, e esta distribuição acaba aumentando o abismo que existe entre os clubes do sul e do norte do país.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pede pra sair!

A crise do Santa Cruz, disfarçada por ter escapado do rebaixamento, revela uma faceta interessante dos jogadores de futebol, ou pelo menos alguns. Ao longo do campeonato, enquanto o Santinha amargava derrotas e empates, vários jogadores foram dispensaqdos, muitos por deficiência técnica, outros por altos salários. Mas, o que mais surpreende é a quantidade de atletas que pediu para sair.

A crise dentro de campo desmotivava os atletas, e aos poucos eles foram abandonando o barco. Carlinhos Paraíba pediu e foi negociado, Genalvo invocou a segurança dos filhos, Rafael Rebelo cansou de não fazer gols, Paulo Musse não gostou da reserva, agora é o goleiro Jean que cansou de jogar futebol.

A situação financeira é ruin, mas salários atrasados nunca foi novidade no futebol brasileiro. Afinal, o que leva um atleta a desistir e pedir para sair? A má-fase tricolor, que amargou uma série de 10 jogos sem vitória no campeonato pernambucano passou, mas foi suficiente para desmotivar os atletas e desmontar o time. Quem pediu para sair foi embora, afinal, ninguém quer um atleta de má-vontade.

Agora o Santa Cruz se apoia numa garotada. E a turma das categorias de base, que busca sucesso na profissão, não abandona o barco, vai com o Santinha até o fim. Enquanto isso, o santa Cruz apresenta ao futebol uma nova categoria de atletas, os frouxos, que desistem da briga e pedem para sair.

Jogador indenizado por dano moral.

Jogador de futebol que teve carreira encerrada por acidente em treino recebe indenização por danos morais. O atleta sofrera um rompimento dos ligamentos do joelho durante um treino e precisará passar por uma cirurgia. O clube fora condenado a pagar R$ 1.500 em primeiro grau. O tribunal elevou o valor da indenização para R$ 5 mil, alegando que o montante anterior era inexpressivo.

A decisão baseou-se no Código Civil, art. 927, que adota a teoria do risco pelo exercício de atividade periculosa, consagrando a teoria da responsabilidade objetiva, onde não é preciso demonstrar culpa, basta a existência do dano e o nexo de causalidade.

Assim, além do pagamento da indenização pelo dano moral sofrido, o clube ficou também obrigado a custear o tratamento médico do atleta até sua completa reabilitação (consultas, medicamentos, exames, cirurgia e fisioterapia).

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Atleta menor de idade pode jogar à noite?

A Constituição Federal e a CLT proibem o trabalho noturno de menores de 18 anos. Apesar das leis admitirem que uma pessoa, a partir dos 16 anos, pode firmar contrato profissional, a vedação do horário de trabalho vem proteger estes jovens. A Lei Pelé define a idade de 16 anos como o limite para assinar um contrato de trabalho desportivo. Sendo assim, o atleta de 16 ou 17 anos, que possui contrato com o clube e atua pelo time principal, pode jogar no horário "corujão", às 21:45?

Os jogos de juniores não acontecem após as 22:00, horário determinado pela CLT como limite para o trabalho noturno. Mas, um jovem que atua como profissional trabalha bastante neste horário ingrato. Porém, esta prática é mesmo proibida pela lei maior, a Constituição. A grande preocupação é com a formação do profissional, principalmente quanto à formação acadêmica, já que ainda está em idade escolar.

Sempre defendi uma melhor formação dos atletas, um contrato específico e a proteção de sua formação como pessoa e não só como atleta. Escolaridade é imprescindível. Mesmo na equipe principal ele está ainda em formação. Mas, fazer o que, proibir? Será que atuar pelo time principal não é uma formação válida profissionalmente, já que este é o objetivo? Mas, sendo assim, quem deve vir primeiro, o homem ou o atleta?

O pior é que daqui a pouco vai ter gente querendo tirar ponto de clube que utiliza jogador menor à noite, sob o fundamento de que o atleta estaria irregular.

Rádios terão que pagar ao Atlético-PR para transmitir seus jogos.

O Atlético do Paraná decidiu começar a cobrar das emissoras de rádio que desejam transmitir os jogos do time no Campeonato Brasileiro. A cobrança diz respeito a todas as partidas, como mandante ou visitante. O clube estabeleceu o preço de R$ 15 mil por partida, ou um pacote de R$ 456 mil por todos os 38 jogos. A cobrança tem base no direito de imagem do clube e é autorizada pela lei.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) considerou esdrúxula, absurda e ilegal a decisão. A cobrança pela transmissão radiofônica é incomum. No Brasil as emissoras de rádio transmitem as partias de futebol livremente, sem a necessidade de pagamento dos direitos de imagem.

A maior polêmica é quanto aos jogos em que o CAP será visitante. Imaginem, Atlético e Sport na Ilha do Retiro, as rádios que transmitem para os torcedores pernambucanos teriam que pagar ao Atlético para poder transmitir o jogo do Sport. A mesma coisa com o Náutico nos Aflitos. A decisão do Atlético-PR é polêmica e deve ser discutida entre os órgãos representantes dos clubes e da imprensa para que se resolva o assunto.

A cobrança é legal, e até justa se considerarmos que as rádios ganham bastante com essas transmissões sem pagar nada aos partícipes do evento. Mas, a cobrança deve ser melhor discutida e planejada entre os clubes e as rádios, não pode ser um ato isolado. A polêmica existe, vamos esperar os desenrolar dos fatos para saber como ficará o futebol brasileiro no futuro.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Dilema palmeirense. O mando de jogo da semi-final paulista.

Segundo o art. 15 do Estatuto do Torcedor: "O detentor do mando de jogo será uma das entidades de prática desportiva envolvidas na partida, de acordo com os critérios definidos no regulamento da competição". Mas, nas finais do campeonato paulista, é a federação que escolhe os estádios que sediarão a disputa. E a semi-final entre Palmeiras e São Paulo pode ter dois jogos no Morumbi, se depender somente da federação.

Mas, além do Palestra Itália, outros estádios foram liberados pela fiscalização, estariam, pois, aptos a sediar uma das partidas. Assim, o Palmeiras poderia invocar a lei contra o regulamento e exigir o seu mando de campo, evitando que o São Paulo jogue duas partidas em casa. Mas, o dilema surge nas questões financeiras. Afinal, o Palmeiras lucraria muito mais com o jogo no Morumbi. É algo a ser considerado.

E se fosse o seu time? Você prefere jogar no seu estádio, mesmo menor, ou em um que possa ter uma renda significativamente maior, mesmo sendo a casa do inimigo? Futebol é negócio, mas não deixa de ser futebol.

Zico pede mudança na lei para ter mais estrangeiros.

O técnico brasileiro, Zico, foi derrotado ontem nas quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa pelo Chelsea, da Inglaterra. O técnico destacou as quatro equipes inglesas como verdadeiras "seleções", já que Manchester, Chelsea, Arsenal e Liverpool, têm mais estrangeiros que ingleses no time. Ainda ontem, na partida entre Liverpool e Arsenal, vencida pelo primeiro, havia apenas 3 ingleses em campo, todos na equipe do Liverpool.

Na Turquia, seis jogadores estrangeiros, no máximo, podem ser colocados em campo ao mesmo tempo, e mais dois estrangeiros podem ficar no banco de reservas. Junto de Roberto Carlos, o Fenerbahce conta ainda com os brasileiros Alex, Deivid e Edu além do uruguaio Diego Lugano, do chileno Claudio Maldonado, do ganense Stephen Appiah e do sérvio Mateja Kezman. No clube, vários outros jogadores de origem estrangeira possuem nacionalidade turca, como Mehmet Aurelio, que nasceu no Brasil.

A limitação aos estrangeiros visa melhorar a qualidade da seleção nacional turca. A idéia é que, obrigando os times a usar jogadores nacionais, estimule a formação de atletas. Mas, os clubes que buscam títulos mais expressivos, como os campeonatos continentais, são prejudicados por esta restrição.

Considerando as aspirações da equipe turca de estar entre as melhores da Europa nos próximos anos, Zico considera fundamental uma mudança na política de estrangeiros para que esse objetivo seja atingido. Afinal, o Fenerbaçhe tem condições financeiras para contratar grandes craques, mas a regra imposta engessa esses investimentos. Agora, apesar de ter um bom time titular, o Fener sofre com a fragilidade de seus reservas.

Vejam o vídeo de Zico após a partida, no globoesporte.com:

terça-feira, 8 de abril de 2008

Torcedor perde ação na justiça.

Um torcedor do Atlético-MG entrou com ação na justiça contra a CBF após a derrota do seu time para o Botafogo, na Copa do Brasil de 2007. A reclamação do torcedor é quanto à atuação do árbitro Carlos Eugênio Simon, especialmente um pênalti não marcado em favor do Atlético. O autor alega serviço defeituoso decorrente da não marcação de um pênalti CLARÍSSIMO, segundo a sua petição inicial.

Mas, o autor não conseguiu convencer o juízo, que decidiu pela improcedência do pedido. Destaco alguns trechos da decisão:

"A questão que se põe, contudo, como primordial é a de que se o fornecimento da atividade desportiva em questão abrange uma arbitragem livre totalmente de falhas. Parece-me que não."

"Durante os noventa minutos de jogo, é certo que a atividade do árbitro deve consistir no fiel cumprimento das leis que o regem, o que, em nenhuma hipótese, determina a ausência de falhas no seu atuar. Concluir-se em sentido diverso afigura-se inevitável afronta ao próprio direito que o autor torcedor quer ver respeitado com a presente lide: uma arbitragem isenta de pressões, já que não há maior pressão que a da exigência da perfeição".

"Ademais, ao tratarmos das conseqüências da não marcação de um pênalti, nos mantemos no terreno das probabilidades, tendo a responsabilização civil como pressuposto a ocorrência efetiva de um dano".

Concordo com a justiça. Seria o começo do caos se o judiciário começasse a conceder indenizações aos torcedores por erro dos árbitros. Errar é humano, e em uma partida de futebol esses erros ficam expostos a câmeras de TV e milhares de espectadores presentes. A solução é profissionalizar os árbitros, mas nem assim poderemos exigir uma perfeição ou uma ausência total de erros.

Vejam o vídeo da partida no Youtube.

"Nunca vou te abandonar". O sucesso do Marketing corinthiano.

As ações de marketing do Timão vêm trazendo lucros ao clube. Primeiro aquela camisa com a frase "eu nunca vou te abandonar", que vendeu 100 mil unidades. Agora a camisa roxa, que apesar de sofrer com o preconceito dos mais tradicionalistas, já vendeu 30 mil unidades, e os comerciantes já pediram mais 70 mil, assim, é bem provável que a nova camisa atinja a marca de 100 mil vendidas.

O sucesso de vendas já faz com que o Corinthians pense em renegociar o contrato com a Nike, que atualmente paga R$ 12,6 milhões. O Timão quer aumentar cinco milhões nessa verba. Já a camisa roxa, caso atinja a marca de 100 mil vendas, deve render cerca de R$ 2,25 milhões, dos quais 15% ficam com o Timão a título de royalties.

Polêmicas à parte, o Corinthians vem fazendo um excelente trabalho de marketing. Além das camisas especiais, o clube planeja a criação da agência de viagens, TV e Rádio, um novo estádio, além de várias ações de marketing. O que mostra que a queda à série B não é o inferno, e pode ser muito bem explorada.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Eliminado, Vitória lamenta a verba perdida.

O Vitória foi derrotado pelo Paraná Clube em pleno Barradão na quarta-feira. Mas além de perder a vaga nas oitavas-de final da Copa do Brasil e fircar fora da disputa pela taça e a vaga na Libertadores, o rubro-negro baiano vai amargar um prejuízo financeiro.

Caso estivesse entre os 16 classificados para as oitavas-de-final, o Vitória receberia R$ 80 mil da CBF. Além disso, o clube ainda perdeu o dinheiro que ganharia com a renda dos eventuais confrontos contra o Internacional, que seria o adversário por uma vaga nas quartas.

É bom lembrar que o Vitória está na primeira divisão, já o Paraná foi rebaixado para a segundona. Acende o sinal de alerta em Salvador, perto do Brasileirão e às vésperas do quadrangular final do Campeonato Baiano. O clube terminou a primeira fase atrás do Bahia e do Vitória da Conquista.

Fonte:
http://espnbrasil.terra.com.br/noticias/rss.aspx?id=181046

Jovens atletas: o melhor investimento do futebol.

Dois exemplos em Pernambuco. O jovem meia Kassio, do Sport e o atacante colombiano Laborde, do Náutico. O primeiro foi formado no Santa Cruz, mas por falta de pagamento dos salários ele rescindiu o contrato e transferiu-se para o Sport. O segundo foi uma aposta da diretoria alvi-rubra em parceria com o empresário Miguel Gareppi, o mesmo que trouxe Acosta.

Kassio, assim que se tornou titular, teve seu contrato melhorado e hoje a multa para clubes brasileiros é R$ 7 milhões. Mesmo que o Sport não consiga este valor, ainda deve vender o jovem por um bom preço. Calma, ele ainda vai ficar no Sport até o fim do ano, pelo menos. Esse é o tempo necessário para ele desenvolver e mostrar seu talento, principalmente disputando a série A do Campeonato Brasileiro.

Laborde já foi sondado por agentes italianos. Mas, o Náutico também deve segurar o atacante até o fim do Brasileirão. Pelo que o colombiano mostrou nos poucos jogos que atuou, parece ser um atleta muito habilidoso e com um enorme potencial. A preocupação agora é se o clube está protegido, para evitar o que aconteceu com o Acosta.

Enquanto isso, o Santa Cruz é o clube com mais jovens das categorias de base no time principal. Mas, isso não tem significado nenhuma vantagem financeira. Primeiro foi o zagueiro Hugo, destaque na série B de 2007, que entrou com uma ação na justiça e abandonou o Santinha. Agora a novidade é o meia Felipe, que jogou um jogo e já foi transferido, mas sem nenhum lucro para o Santa, já que o atleta não tinha contrato com o clube.

Profissionalismo é isso, investir no futuro, nos produtos mais rentáveis, os atletas. Mais importante ainda é se proteger dos aliciadores. Contratos bem feitos são a base do negócio.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Turismo corinthiano.

O Timão vai lançar uma agência de turismo. A idéia é aproximar os torcedores do clube na Série B do Campeonato Brasileiro. Serão lançados dois pacotes:

O primeiro é para os torcedores paulistas que quiserem acompanhar o time em outras cidades. Além da passagem aérea o pacote fornece hospedagem no hotel em que o time irá ficar hospedado e ingresso para o jogo;

O segundo é para os alvi-negros de outros estados que querem assistir aos jogos do clube em São Paulo. Esse pacote inclui passagem aérea, ingresso para o jogo, visita ao Parque São Jorge, almoço no clube e hospedagem no mesmo hotel da concentração.

Mais uma grande jogada do marketing alvi-negro (roxo).

Jogador "do" Santa Cruz vai para a Rússia.

Por que "do" está entre aspas? Ora, porque ele nunca foi jogador "DO" Santa Cruz. O tricolor do Arruda não havia assinado contrato com o atleta ainda, por isso não vai receber nada. Ele estreou como titular no jogo do último domingo contra o Sete de Setembro. Felipe, meia de desenove anos, vai jogar Futsal na Rússia, pelo DFG Java.

O que explica a mancada do Santinha é a deficiência financeira. Mas, o atleta foi esperto, estava enrolando a diretoria para não assinar o contrato. Agora, a diretoria coral já disse que todos os outros jovens da equipe principal já estão segurados, nenhum tem multa menor que R$ 1,5 milhão.

Mais uma para acrescentar à crise coral.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Contrato de risco para Ronaldo.

O presidente do Milan, Sílvio Berlusconi, reafirmou o interesse em contar com Ronaldo após a sua recuperação. Mas, o contrato que será oferecido ao fenômeno é por produtividade. Assim, o valor dos salários do atleta serão proporcionais ao número de jogos que dispute. Bom, se analisarmos a quantidade de jogos que Ronaldo disputou na última temporada, podemos perceber que o Milan não pagará muito para ter o atacante no elenco.

Ronaldo ainda vai demorar um bom tempo para voltar aos gramados. Ainda especula-se que o jogador se aposente e não retorne ao futebol profissional. Mas, se a vontade do camisa 99 é mesmo de atuar e encerrar sua carreira com mais uma virada, o contrato do Milan parece ser muito interessante. O pagamento por produtividade pode ser um excelente incentivo para Ronaldo, que não está muito preocupado com sua situação financeira. Torço por Ronaldo, apesar de achar que já chegou a hora dele parar, já que o atleta não vinha conseguindo manter a forma nem atuar em várias partidas seguidas, tendo sofrido lesões frequentes.

Novo estádio do Grêmio.

O tricolor gaúcho assinou com as empresas OAS e TBZ um protocolo de intenções para a construção do novo estádio do Grêmio. A obra deverá ser iniciada em janeiro de 2009 e terminada em 2012.Com isso, ainda poderá sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, embora este não seja o objetivo principal do Grêmio. O custo estimado, de acordo com o Grêmio, é de R$ 270 milhões, pelo que diz o site globoesporte.com. Mas, o sportmarketing.com.br revela que será necessário um investimento de R$ 1 bilhão.

A empresa portuguesa, TBZ, é a mesma que administra o Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid. O acordo prevê que 65% das rendas do estádio ficarão com o Grêmio, os outros 35% com o consórcio que envolve TBZ e a construtora OAS. O financiamento será buscado pelas empresas, assim, o Grêmio não precisará desembolsar nenhum centavo.

O estádio terá capacidade para 50 mil pessoas. O projeto prevê ainda shopping center, hotel, prédios de escritórios, centro de convenções e estacionamento com 5 mil vagas. O Grêmio não terá participação nos lucros desses outros empreendimentos, exceto o estacionamento. O estádio Olímpico será demolido após a conclusão do novo estádio.

Figueirense x Avaí: confusão renderá punições.

O clássico catarinense vai dar muito trabalho aos procuradores do TJD. Além das expulsões normais, durante o jogo, uma por agressão e outra por jogada violenta, houveram mais duas expulsões ao fim da partida. O caso reúne diversos elementos, interpretações e qualificações, desde a jogada violenta, a agressão, até a rixa, um artigo pouco usado nos tribunais.

O art. 257 diz: "Participar de rixa, conflito ou tumulto, durante a partida, prova ou equivalente. Pena: suspensão de 2 a 10 partidas.
Parágrafo único: As entidades de prática desportiva cujos atletas tenham participado de rixa, conflito ou tumulto, perderão os pontos e a suas respectivas partes na renda."

O caso poderia enquadrar-se nesse artigo, agora depende da interpretação da procuradoria, que oferecerá a denuncia. Mas, se não for usado este artigo, individualizando as ações e as penas, pior para os jogadores do Figueirense, que, se julgados e punidos por agressão, podem ser apenados com 120 a 540 dias de suspensão.

O atleta que provocou a torcida pode ser enquadrado no art. 250, por ato inconveniente, pena de 1 a 3 partidas, ou no art. 258, assumir atitude contrária à disciplina ou à moral desportiva, cuja pena é de 1 a 10 jogos.

O Figueirense também pode ser denunciado e punido, pois seus torcedores, na hora da confusão, jogaram objetos dentro do gramado. O clube, segundo o art. 213, pode ser multado em R$ 10.000,00 a R$ 200.000,00 e perder o mando de campo por uma a dez partidas. O incidente foi relatado na súmula pelo árbitro.

Vejam o vídeo do globoesporte.com:

terça-feira, 1 de abril de 2008

Nova legislação da FIFA precisa ser regulamentada pela CBF.

Entre outros pontos, a nova legislação estabelece que nenhum clube pode ter atraso de pagamento nos salários, na transferências de atletas ou nos impostos com o governo até o final do ano anterior ao licenciamento dos times. Também os obriga a declarar seus donos ou acionistas. E impede que pessoas físicas ou empresas tenham controle ou interferência sobre mais de um time na mesma competição. Outra exigência é que o clube tenha um estádio próprio ou que estabeleça um contrato de concessão para poder usar um que pertença a um terceiro. Esses critérios são obrigatórios pela Fifa, que proíbe a participação em campeonatos sem seu cumprimento. Há outras exigências esportivas, administrativas e legais. A recomendação da entidade é aplicá-las para todos os times da primeira divisão de cada país.

Para que estas exigências entrem em vigor no Brasil é preciso que a CBF as regulamente. Mas, algumas alterações devem ser feitas para adaptar estas regras à realidade brasileira. A nova legislação, apesar de desconhecida da maioria dos clubes, já começa a gerar polêmicas. Hoje nenhum clube estaria apto a disputar o Campeonato Brasileiro, se estas regras estivessem valendo. Até mesmo o São Paulo, exemplo de profissionalismo, disse ter que se adequar em alguns pontos para ficar dentro das determinações da FIFA.

Agora imaginem, será que estas normas virão mesmo para o Brasil? Será que a CBF irá regulamentá-las? E se o fizer, será que as regras serão respeitadas? Até hoje existem muitas regras da FIFA, já regulamentadas pela CBF, que não são aplicadas, são mesmo desrespeitadas pelos clubes e federações. Assim, vejo uma grande dificuladade em aplicar estas novas regras no nosso país, pelo menos dessa forma, a esperança é que sejam feitas mudanças para adaptar à realidade, mas mantendo uma rigidez que possa fazer alguma diferença no profissionalismo do futebol brasileiro.

Ronaldinho usaria a lei para deixar o Barcelona.

A insatisfação de Ronaldinho no Barça, e do clube contra o atleta também, já é uma notícia antiga na imprensa. As noitadas do craque e o banco que vem amargando abalaram as relações entre atleta e clube. Alguns jornais já dão o Gaúcho como jogador do Chelsea em breve, mas outra notícia diz que o atleta poderia pagar os salários restantes até o fim do contrato e livrar-se do clube catalão.

Esta especulação não é novidade. Desde que o escocês, Andy Webster, conseguiu sua liberação invocando o art. 17 do Regulamento de Transferências da FIFA, Ronaldinho vem ameaçando se utilizar do mesmo instituto. O irmão do atleta e empresário, Roberto de Assis, confirmou as especulações e disse que o atleta pode pagar cerca de €16 milhões por sua rescisão. O jogador transferir-se-ia para o Porto Alegre Futebol Clube. O time, que pertence ao seu irmão, serviria como ponte para uma possível transferência a outra equipe da Europa.

Eu já havia tratado esta questão em outro post. Leia:
http://extracampo.blogspot.com/2007/12/ronaldinho-quase-de-graa.html

Marketing X Tradicionalismo.

As atuais estratégias de marketing usadas pelos clubes vêm confrontando diretamente com o tradicionalismo. A camisa roxa do Corinthians foi uma boa jogada de marketing, mas sofreu com a revolta de alguns que não querem ver o time com outras cores senão a preta e branca. A imprensa também não contribui com esses projetos de marketing, sopervalorizando as críticas e os incoformados.

Resultado: o Timão acabou jogando de branco mesmo contra o Marília. A idéia era atuar com a camisa roxa, que fica azul na TV, mas os dirigentes tiveram medo da reação da torcida. Há o receio de uma derrota com esta camisa, o que a deixaria "amaldiçoada" para a torcida. O futebol é assim, por mais que se pense, planeje-se, calcule-se, inove-se, acabamos sempre dependendo dos resultados dentro de campo, que mudam toda a realidade extracampo de um clube.

Sou a favor da nova camisa, acredito que todos os clubes deveriam inovar nos seus 3º uniformes. Uma camisa diferente a cada ano é um produto diferente a ser comprado. Trata-se de uma estratégia válida e muito rentável. A camisa 2 do Benfica nesta temporada é rosa, e foi uma das mais vendidas pela fabricante Adidas entre os uniformes alternativos. O futebol tem que inovar sim, precisa disso, agora é só esperar as torcidas se acostumarem com essas novas cores.