Da Máquina do Esporte (http://maquinadoesporte.uol.com.br/new/noticias.asp?id=7956)
Uma pesquisa realizada recentemente revela que 85,5% da população pensa que a Copa do Mundo pode servir de agente facilitador para o desvio de verbas de empresas públicas e privadas.
O resultado nem causa surpresa. Depois de tantos escândalos na política, fica até dificil acreditar que um evento que movimenta tanto dinheiro não seja palco de grandes corrupções. Nem os dirigentes do nosso futebol podem bater no peito e jurar idoneidade, até porque, ninguém vai acreditar.
Como diz o ditado, "gato escaldado tem medo de água fria".
Uma pesquisa realizada recentemente revela que 85,5% da população pensa que a Copa do Mundo pode servir de agente facilitador para o desvio de verbas de empresas públicas e privadas.
O resultado nem causa surpresa. Depois de tantos escândalos na política, fica até dificil acreditar que um evento que movimenta tanto dinheiro não seja palco de grandes corrupções. Nem os dirigentes do nosso futebol podem bater no peito e jurar idoneidade, até porque, ninguém vai acreditar.
Como diz o ditado, "gato escaldado tem medo de água fria".
Um comentário:
Construção do estádio de futebol no bairro de Salgadinho: A extinção de uma comunidade. O projeto de construção de um estádio de futebol no Bairro de Salgadinho trás muita apreensão e angústia a toda a comunidade, visto que para a implementação do mesmo, prevê-se a desapropriação de cerca de 5000 casas no bairro, deixando sem moradia cerca de 8.000 famílias. Observamos que o referido estádio visa receber jogos da copa do mundo de 2014, onde Recife e Olinda se oferecem para receber um dos grupos que disputarão a copa, diante da aprovação da candidatura do Brasil a sede do evento. Os investimentos financeiros para a execução desta obra faraônica estão estimados em R$ 250 milhões, fora o que deverá ser gasto com as desapropriações das nossas famílias. E o que poderia ser feito em benefício real para o nosso povo com esse montante de recursos? Quantas casas populares? Quantas escolas? Quantas creches? Quantos postos de saúde? Quantas ruas pavimentadas e saneadas? Quantos hospitais? E o que representa isso, para a comunidade de Salgadinho? Representa a perda de suas casas, pontos comerciais e de suas histórias de vida, construídas com muito trabalho e sacrifícios nesse bairro. A retirada pura e simples, como desapropriação, avaliada pelo valor venal, representa uma violência brutal contra o nosso povo, que sequer foi ouvido para definir as supostas relevância e prioridade deste projeto. O que está por trás de tudo isso? São os interesses perversos de grandes empreiteiras e imobiliárias, desde aquelas que se propõem a construir o estádio, como a holandesa Amsterdam Arena Advisory, até empresas locais, ambicionando a abertura de uma área nobre em Salgadinho para a construção de imóveis destinados às altas rendas, nesta região que “parece ser boa demais” para continuar servindo de moradia para nosso povo. E o que será de nossa gente? E onde se pretende colocar as cerca de 8.000 famílias deslocadas de suas moradias? O que será feito com aqueles que não aceitarem as “indenizações” impostas? As casas que não sejam diretamente atingidas pela desapropriação estarão na mira da especulação imobiliária, configurando a chamada expulsão branca, onde as moradias populares são compradas a baixos preços pelos especuladores imobiliários para a construção de grandes prédios. Porque será que o nosso bairro permanece nesse abandono? Por causa da especulação imobiliária, não se fazem grandes intervenções urbanas que venham melhorar a qualidade de vida no nosso bairro até porque, depois ficaria mais caro para remover as pessoas. Esperávamos que a “prefeitura popular” fosse nossa representante junto ao governo federal para lutarmos pela obtenção dos títulos de posse, das escrituras públicas definitivas de grande parte dos terrenos e casas de Salgadinho mas o que vimos? A prefeitura não construiu uma casa popular sequer para nossa comunidade e agora encabeça um projeto que vai criar muito mais de 15.000 sem-teto e um grande número de desempregados, já que todos aqueles que trabalham no bairro ficarão sem o seu sustento. Ou seja, sem casa e sem ter como sustentar suas famílias. Esse é um alerta inicial. Só com mobilização e resistência podemos fazer essa história ser diferente, fazer nossos direitos serem respeitados. Propomos a realização de uma grande mobilização na comunidade para mostrar que nosso povo NÃO aceita ser expulso e quer permanecer e lutar contra os poderosos da especulação imobiliária e aqueles que estão a seu serviço nas administrações municipal, estadual e federal.
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