quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Esse clube tem dono.


Clubes de futebol com proprietários pode parecer novidade no Brasil, mas não no resto do mundo. Na Europa, principalmente na Inglaterra, futebol mais rico do mundo, vários clubes têm dono. E se você não gosta da idéia, então está na hora de rever seus conceitos.

O maior exemplo de clube empresa, no Brasil, na atualidade, é o Guaratinguetá, clube que lidera o campeonato paulista de 2008. O Guará, como é conhecido, tem donos, são quatro sócios que possuem quotas diferentes na sociedade limitada. E tratam o clube como uma empresa.

“Não tem segredo. O Guaratinguetá é um clube-empresa. Nossa vantagem é que não temos que enfrentar a burocracia que os clubes comum enfrentam na hora de tomar uma decisão”, afirma o presidente do clube, Carlos Carini. Na organização do clube não há conselho deliberativo e o mandato do presidente é ilimitado. Todas as decisões são tomadas pelos sócios.

Os donos do Guará têm objetivos ainda maiores, que é comprar um clube europeu para negociar os atletas "produzidos" no Brasil. A idéia é comprar um clube da segunda divisão portuguesa ou belga, que são mais baratos. O presidente cita o caso de um clube da segunda divisão da Espanha, bem mais cara, que estaria à venda por €12 milhões. O objetivo é eliminar os "atravessadores" e clubes intermediários, levando o jogador para o clube europeu o Guará teria chances de vender seus "produtos" por preços bem mais elevados.

E o investimento na formação de atletas é prioridade em Guaratinguetá, que deixou de participar da 3ª divisão do Campeonato Brasileiro em 2007 para poder comprar o terreno de 100 mil m² onde está sendo construído o CT. Os donos do clube sabem muito bem que a maior receita que se pode ter no futebol brasileiro é a venda de atletas para o exterior.

A grande diferença entre um clube com dono e os outros é o profissionalismo. Ninguém compra um clube por paixão, nem pensando apenas em brincar de dirigente. O dono do clube é um empresário, é alguém que visa o lucro, que investe e pensa sempre no crescimento econômico. Enquanto isso, a maioria dos dirigentes do nosso futebol são apenas torcedores com poderes especiais, que insistem em afundar seus clubes em dívidas impagáveis.

Um comentário:

Robertha Accioly disse...

A idéia é ótima!!! Bom mesmo seria se, junto ao profissionalismo e ao desejo de obtenção de lucros, esses donos tivessem paixão pelo clube. Seria o amor de torcedor aliado à cabeça de um grande profissional.
PS: Aproveito pra dizer que o mascote tá uma graça!