domingo, 2 de setembro de 2007

Arbitragem

De cara eu já dou logo minha conclusão, para mim, a solução é, simplesmente, a profissionalização. Como confiar em biscateiros com um apito na mão? Quanto ao uso de tecnologia, isso já é outra discussão. Mas, uma coisa tem que ser levada em consideração, o olho humano está longe da perfeição.

A arbitragem sempre foi uma polémica efervescente no mundo do futebol. Desde que fora inventado, o esporte sofre com a imperfeição humana. E hoje, mesmo depois de tanta “evolução”, a arbitragem no futebol continua a mesma.

O primeiro passo é a profissionalização, para que os árbitros trabalhem todos os dias como árbitros, tenham dedicação exclusiva, treinos físicos diários, aulas e testes para o aperfeiçoamento teórico e técnico. Contrato de trabalho, carteira assinada e tudo. Os árbitros e assistentes seriam funcionários das federações e estas promoveriam os treinos e as aulas àqueles.

Sou à favor do uso da tecnologia. Esse argumento de que o jogo ficaria caro e que em todos os jogos, até na segunda divisão do campeonato pernambucano, deveriam ser usados os recursos de vídeo é errado. A tecnologia é necessária, mas não é imprescindível. E hoje, o acesso à tecnologia está mais viável.

Discute-se em como usar esta tecnologia de maneira que o jogo não pare a cada lance para ser revisto. Dou duas soluções. Uma é utilizar um 5º árbitro, que teria acesso às imagens de televisão, e através de um comunicador instruiria o árbitro titular nos lances duvidosos. Outra, e à qual prefiro, é baseada no futebol americano. O tira-teima é requisitado pelo técnico, em troca perde um pedido de tempo. A idéia seria, no nosso futebol, trocar uma substituição pela revisão de um lance. Seria mais uma fonte de estratégia para os técnicos.

Por fim, deveríamos aliviar um pouco a cobrança sobre os árbitros, afinal, vendo pela TV, depois de replays e pausas, fica fácil de acertar. Ali, na hora, ao nível do campo, correndo, vendo através de outros atletas, numa fração de segundos, não é tão fácil. Já foi até comprovada a incapacidade do olho humano de captar certos lances de impedimento. Vamos dar uma colher de chá, falar é fácil, difícil é fazer.

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