sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

10.427 acessos em janeiro.

O Extracampo teve 10.427 acessos em janeiro, muito por causa da pesquisa sobre as torcidas. A "briga" entre tricolores e rubro-negros pela liderança levaram milhares a visitar o Extracampo. Só espero que as pessoas tenham lido e gostado das matérias apresentadas neste mês.

Continuem acessando, que eu continuo escrevendo, vamos bater os recordes de acesso nos próximos meses. Para quem quiser, estou disponibilizando uma "assinatura" para os que desejam receber matérias do Extracampo por email. Calma, não precisa pagar, é só enviar um email para contatoextracampo@gmail.com.

Participem também da comunidade do Extracampo no Orkut, lá os debates ficam ainda mais fáceis.

Obrigado a todos os visitantes, todos os leitores, e um bom carnaval a todos.
A contagem de fevereiro começa em 12.727. Vamos bater o recorde.

Pernambucano: 6ª rodada.

Terminou a primeira fase. Calma, não acabou o primeiro TURNO, só uma fase. Agora, os grupos se misturam para formar a segunda fase, e ao fim desta saberemos quem é o campeão do turno, que terá vaga garantida na final. A rodada começou na quarta-feira e terminou ontem. Aquela "maldição" das vitórias magras acabou, os gols já começam a aparecer e as goleadas também.

SANTA CRUZ: A derrota para o Ypiranga acabou com a invencibilidade tricolor, e ainda tirou a chance de liderar o campeonato. Num jogo de muito pouca emoção, o destaque foi Edmundo, 39 anos, artilheiro do campeonato, que marcou os dois gols da vitória do time de Santa Cruz do Capibaribe. Ao fim do jogo, muitas reclamações do técnico coral, que soltou o verbo contra a arbitragem. O destaque negativo foi a expulsão de Rafael Rebelo, que chutou um adversário caído e foi expulso. Marcelo Heleno e William tmbém perderam a cabeça, e para a sorte deles o juiz não viu a agressão ao adversário. Além de futebol, faltou calma e cabeça no lugar ao time tricolor.

NAUTICO: Uma goleada por 5 x 2 deixa qualquer torcedor feliz. Mas, as preocupações com a reação do Serrano ainda ficam na cabeça do técnico. Segundo o próprio Roberto Fernandes, a diferença desse jogo para aquele contra o Centro, em casa, quando o Nautico venceu por 3 x 2, foi que as bolas, finalmente, entraram. O destaque é para o meia Geraldo, que marcou um belo gol de "peito voador", e Kuki, que marcou o primeiro no retorno ao time alvi-rubro. A goleada dá moral à torcida e aos atletas para continuarem evoluindo. Como não há o confronto direto no primeiro turno, para vencer, o Nautico terá que torcer pelo tropeço dos adversários. Então, o importante não é pensar no turno, é pensar em evoluir, vencer os jogos e ter um time entrosado para o verdadeiro campeonato pernambucano, o 2º turno.

SPORT: Tem jogo que a bola parece não querer entrar. Aliando a sorte do goleiro Mondragon (e o talento também) com a falta de pontaria e o nervosismo dos atletas rubro-negros, têm-se um jogo de muitas chances perdidas, até pênalti. O jogo foi ataque contra defesa, o Sete de Setembro não ameaçou o Sport, que dominou o jogo. Mas, os gols saíram, e a vitória por 2 x 0 não refletiu a realidade, mas foi suficiente para os rubro-negros assumirem a liderança isolada da competição. A entrada do meia Luciano Henrique parece ter resolvido o problema da criação de jogadas, agora o técnico precisa trabalhar a pontaria dos atacantes, enquanto os torcedores rezam pela regularização de Leandro Machado, a esperança de um goleador. O hexagonal promete muita emoção.

Os grupos da segunda fase:
Grupo D: Náutico, Petrolina, Centro e Sete de Setembro.
Grupo E: Santa Cruz, Ypiranga, Central e Porto.
Grupo F: Sport, Salgueiro, Vera Cruz e Serrano.

Pelo visto, o grupo do Santa Cruz é o mais dificil, e o do Nautico é o mais fácil. Mas, nessa fase, qualquer tropeço pode ser crucial para a disputa do turno, são só 6 jogos para descobrirmos o primeiro finalista.

Decisão importante.

O jogador escocês, Andy Webster, obteve uma importante vitória no TAS (Tribunal Arbitral du Sport), uma decisão que deve alterar o sistema de transferências e indenizações. O jogador rescindiu unilateralmente seu contrato com o Hearts, e o clube fez queixa à FIFA. Na primeira decisão a entidade condenou o atleta ao pagamento de 625 mil libras, o atleta recorreu e o TAS decidiu impor a pena de 150 mil libras, o valor dos salários restantes no contrato.

Eu já havia escrito sobre a polêmica de Webster, falando, principalmente do Art. 17 do regulamento de transferências da FIFA, sobre o período protegido. Resumindo, "Período Protegido" corresponde a três Épocas ou anos a partir do início do contrato assinado antes dos 28 anos, se assinado após o 28º aniversário o período será de 2 anos. Após o período protegido o atleta poderá rescindir o contrato sem pagar a Cláusula Penal, a indenização seria calculada pela CRL (Câmara de Resolução de Litígios da FIFA) levando em conta critérios previstos no mesmo art. 17º.

Mas, o TAS, após recurso do atleta, baixou ainda mais a indenização, obrigando o jogador a pagar somente os valores restantes até o fim do contrato. Após a decisão, a Fifa se mostrou "consternada". Segundo a entidade, o veredicto em favor do jogador "terá graves conseqüências em todo o mundo do futebol". Já o presidente do Sindicato Internacional dos Jogadores Profissional de Futebol (FIFPro) disse que a medida "é uma boa base para normalizar o sistema de transferências, demissões e rescisões de contratos". Ainda conclui o dirigente: "Esta decisão vai permitir uma normalização no sistema de transferências para tentar conseguir que diminuam os valores e que haja menos riscos para a estabilidade".

Se você acha que esta decisão não terá efeitos no Brasil, está enganado. Caso a rescisão contratual entre atleta e clube adquira esta "facilidade", os investimentos na compra de atletas deverão diminuir. Assim, os países produtores, como o Brasil, terão uma redução nos investimentos. A falta de garantia aos clubes poderá gerar uma recessão no mercado futebolístico, alterando sensivelmente a compra e venda de atletas.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Palmeiras: torcedores convencem patrocinador a mudar a camisa.

Depois de muitos protestos através do Orkut, os torcedores do Palmeiras conseguiram convencer a Suvinil (que estampa as mangas do uniforme) a mudar as cores da marca. Antes o logotipo vinha com cores chamativas (amarelo e laranja) ao fundo e o nome preto por cima. Mas a propaganda "agressiva" incomodou torcedores que protestaram veementemente.

Os executivos da Suvinil resolveram atender aos pedidos da torcida e mudaram a marca, que agora será branca, com detalhes em amarelo. De fato, a marca estava destoando um pouco, o que prejudicava a beleza e harmonia do uniforme. Melhor assim, agora as vendas devem ser melhores do que antes.

O caso lembra um pouco a insatisfação da torcida do Sport em 2007, por causa das inúmeras marcas estampadas no uniforme. Mas, as reclamações da torcida não surtiram o mesmo efeito. Porém, a diretoria rubro-negra prometeu mais atenção à camisa em 2008, que terá novo fabricante, a Lotto.

Corinthiano roxo.

Com mais uma aposta do departamento de marketing, o clube paulista lançou o 3º uniforme para a temporada 2008. A novidade é a cor dessa camisa: roxa. A idéia é homenagear o torcedor com o lema:"corinthiano roxo". Objetivo: arrecadar cada vez mais com a venda de camisas.

A idéia de lançar uniformes com estilos diferentes ou cores inusitadas é uma excelente jogada de marketing, e deve alavancar as finanças do clube com o produto. Este tipo de produto é bastante comum no futebol europeu, lá o 2º uniforme dos clubes costuma mudar bastante entre uma temporada e outra, principalmente na cor. Enquanto no Brasil o uniforme reserva e o titular mantém um padrão, definido, principalmente, pelo estatuto dos clubes, que engessa a criatividade.

A solução é inovar no 3º uniforme, onde há liberdade para criar. Por que mudar a cada ano? É simples, para vender mais. Vejam, a camisa roxa do Corinthians é novidade, mas, se for se repetindo todos os anos perderá a magia. O torcedor consumirá mais se a cada ano o produto for diferente, afinal, de que adianta comprar a mesma camisa todo ano. A novidade é o motor do comércio.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Futebol não tem idade.

É comum ouvir treinadores justificando a ausência de atletas por serem muito jovens. Também é comum a desconfiança dos torcedores quanto a esses garotos. Quando o atleta passa dos trinta e poucos anos o discurso se inverte, mas as críticas continuam em cima da idade do atleta. Mas, será que a idade é mesmotão importante?

A tendência do mercado europeu acaba influenciando o futebol brasileiro, jogadores saem muito jovens, e os mais velhos retornam para encerrar a carreira. Mas, por que os técnicos ainda evitam escalar os mais jovens? Por que dar mais valor aos jogadores experientes e deixar os garotos de fora? Saio em defesa dos mais jovens, para o bem dos clubes.

Ora, o jogador só se valoriza e só aparece para o mercado se estiver jogando. Se os clubes buscam tanto o lucro com a venda de atletas, não há porque mantê-los no banco. O mercado quer os jovens, estes são os mais cobiçados pelos clubes mais ricos, seja no Brasil ou na Europa. E a idade não é justificativa para impedir estes atletas de atuarem, ou de serem os titulares do time. Vejam alguns exemplos de jovens destaques:

Kaká e Breno no São Paulo, Anderson e Lucas no Grémio, Diego e Robinho no Santos, Alexandre Pato no Internacional, todos vendidos para a Europa, alguns por preços absurdos. E hoje, Tiago Luís, pretendido pelo Real Madrid, saiu da Copa SP de Juniores para o time titular do Santos, Hernanes, titular do campeão brasileiro, já é um dos melhores volantes do país.

Aplicando isso ao nosso estado, temos alguns bons exemplos: Thomas Anderson, do Santa Cruz é uma grande aposta do técnico Zé do Carmo, assim como foi Hugo (que disputa com o clube na justiça). No Sport a aposta é o meia Kássio, que até agora não conseguiu uma chance de mostrar seu talento. O Náutico é quem mais investe na base, recheando o time de jovens atletas, e alguns já despertaram o interesse de clubes europeus, como Reynaldo e Jhon, que fugiram do clube, mas que já estão voltando.

Depois de lembrar esses exemplos, vale a pena perguntar: Será que o jovem não merece ser titular? Os jovens precisam jogar, só assim vão evoluir, só assim poderão mostrar o talento e serem negociados. Sei que a decisão é do treinador e não do presidente. Primeiro temos que pensar no rendimento do time para depois pensar em negociações.

Mas, quem quer ganhar dinheiro com transferências precisa dar valor aos que se encaixam no perfil desejado. Os jogadores entre 17 e 20 anos são os "produtos" mais cobiçados pelos compradores, principalmente os europeus. Para ter retorno é preciso investir, e nesse caso, o investimento é a aposta nesses jovens como titular do time.

Estádios interditados para a Copa do Brasil.

A CBF estipulou um prazo (que venceu ontem) para que os responsáveis enviassem os relatórios exigidos para a liberação dos estádios. Foram exigidos laudos do Corpo de Bombeiro, da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar. E, segundo o site globoesporte.com, grandes estádios deverão ficar de fora da competiçaõ, incluindo o Pacaembu, em São Paulo, o Arruda e os Aflitos, em Recife.

Isso é muito ruin para o futebol pernambucano, afinal, em Recife, apenas a Ilha do Retiro foi aprovada. O que vai acontecer então? Será que Nautico e Santa Cruz vão mandar seus jogos na Ilha?

Bom, segundo informações, o prazo não era definitivo, os clubes ainda poderão entregar os relatórios e liberar seus estádios. De qualquer forma, a propaganda negativa já foi feita. Desde a tragédia na Fonte Nova os estádios pernambucanos vêm sendo bastante criticados, e a imgem que estamos passando para o resto do país não é nada boa.

Recorde de exportações.


O Brasil quebrou o recorde de transferências internacionais de jogadores de futebol. No ano de 2007 foram 1.086 transações com clubes do exterior. Nesse número estão incluídos os que já voltaram e os estrangeiros que atuavam no futebol brasileiro e também foram embora. O número de transferências nunca havia passado a casa dos mil. Em 2002, foram 665 jogadores que trocaram o Brasil por qualquer outro país do mundo. No ano seguinte, passou para 858, um a mais do que em 2004. Em 2005, foram 804, e em 2006, 851.

Segundo informações do jornal espanhol "AS", o futebol brasileiro movimenta mais dinheiro que a exportação de café ou o carnaval. Pelo visto, o nosso maior produto de exportação não é consumível, são pessoas, é o trabalho, o talento.

O que mais contribuiu para o aumento nas transferências intenacionais foi a entrada de países emergentes no mercado, como Russia, Ucrânia, Turquia, etc. O mais temerário nessa notícia é o fato de muitos atletas terem se transferido para países sem qualquer tradição, como Israel ou Trinidad & Tobago.

Isso me lembra o primeiro artigo que escrevi para o Blog do Torcedor:
http://extracampo.blogspot.com/2007/09/dlares-euros-e-petro-dlares.html

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

David Beckham em Natal.

O astro inglês veio à capital do Rio Grande do Norte para lançar seu novo projeto, um resort de luxo e um centro de treinamento. O nome do projeto é "Beckham World of Sport" e vai contar com 8 campos de futebol e um estádio para 10 mil pessoas. O projeto ainda conta com a participação do piloto de Formula 1, Rubens Barrichelo, que construirá uma pista de kart no resort, a "Rubens Barrichello Driving Experience".

Bom, o projeto será um grande investimento, e esperamos que outros sigam o exemplo. Nossos clubes não conseguem investir de tal forma, mas nada impede que os estrangeiros o façam. Melhor para o Brasil, que terá um CT de primeiro mundo.

Agora, Natal quer que o astro seja garoto-propaganda da candidatura para uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Até agora a cidade não era uma das mais cotadas, mas ganhou um grande aliado na briga.

Nautico também vence a primeira na justiça.

O jovem Reynaldo, um daqueles jogadores aliciados pelo "empresário" chamado Hélio, também entrou com uma ação na justiça pedindo a sua liberação pelo não pagamento de nove meses de salário. Mas, a juíza do caso negou o pedido de antecipação de tutela que liberaria o jogador. O Nautico se defende e apresenta provas de pagamento dos salários.

Semelhante ao caso de Hugo contra o Santa Cruz, a questão da lide é de fato e não de direito. Para ter sua liberação o atleta precisa provar a dívida, enquanto o clube prova o pagamento, vence quem estiver certo, não há sorte, nem "erros do juiz" como no futebol.

Outro atleta aliciado, Jhon, que também entrou na justiça, teve o seu pedido de liminar negado na semana passada. O caso é o mesmo, o "empresário" é o mesmo, e a crítica tem que ser a mesma.

Todos sabem das dificuldades que passam os clubes, o pagamento dos salários atrasa mais do que deveria. Mas, "empresários" inescrupulosos vêm usando um direito do atleta para lucrar em cima disso, prejudicando os clubes. Virou moda. Não que a liberação do atleta seja injusta, muito pelo contrário, quem não recebe não deve ser obrigado a jogar, e isso deve obrigar os clubes a serem mais responsáveis com as suas obrigações.

A maior crítica não é quanto às ações na justiça, é contra os "atravessadores" que se aproveitam da ingenuidade dos atletas para prejudicar os clubes e lucrar em cima deles. A única forma de impedir isso é evitar negociar com pessoas que não sejam "Agentes FIFA" ou advogados inscritos na OAB. Esses dois profissionais têm obrigações éticas e são fiscalizados pelos seus órgãos. Não podemos pedir que os atletas não se deslumbrem com falsas propostas, temos que pedir aos clubes que não negociem com os "atravessadores" do futebol, só assim eles não conseguirão mais atuar.

O Nautico corre atrás dos atletas, pois tem propostas bem vantajosas pelos jogadores. Pior para os atletas, já que apenas agentes credenciados na FIFA podem negociar jogadores para o exterior. E se o tal Hélio for agente FIFA, então, alguém, por favor, denuncie-o.

Santa Cruz vence a primeira batalha na justiça.

A "guerra" promovida pelo zagueiro Hugo, que pretendia sua liberação através da justiça, teve a primeira sentença. A justiça determinou o retorno do atleta ao clube, sob pena de, se não fizer, pagar R$ 500 de multa diária. A disputa continua porquê o jogador ainda pode recorrer ao TRT, mas a primeira decisão já mostra uma tendência em pender para o lado do clube.

No caso em questão, o atleta alega o não pagamento de salários e verbas do FGTS, o clube contesta. Então, se a justiça decidiu em favor do Santa é porque o atleta não consegui provar a dívida. Não é uma questão de direito, é uma questão de fato, ou pagou ou não pagou. E, pelo visto, está tudo pago.

O Santa tem o objetivo de negociar o atleta, e espero que isso aconteça mesmo, para o bem das duas partes. Não há mais clima para o jogador atuar no Arruda, e o clube pretende lucrar com a venda do atleta, que foi o único destaque do time em 2007.

Quem vai apitar?

Depois de tantas polêmicas e muitas reclamações de dirigentes, as federações começam a tomar uma atitude: retirar os áritros questionados do sorteio de jogos do time insatisfeito. Mas, será esta a atitude mais correta?

O árbitro Sálvio Spinola, após a polêmica no clássico São Paulo x Corinthians, não será mais incluído no sorteio de jogos do tricolor. Segundo o presidente da comissão de arbitragem paulista, esta é uma medida de "bom senso". E este tipo de medida proibitiva foi adotada também em Pernambuco, o árbitro Eduardo Alcântara está proibido de apitar jogos do Náutico.

Depois de colocar árbitros na "geladeira" e proibir certos profissionais de atuarem em jogos de A ou B, em pouco tempo não teremos mais árbitros para trabalhar nos jogos dos clubes que reclamam da atuação deles. E, no fim, nada está sendo feito para melhorar as arbitragens, afinal, estas atitudes não aumentam a qualidade dos árbitros, apenas afastam os "desafetos" dos clubes.

A arbitragem brasileira precisa mudar, desde a preparação até a postura e a interpretação dos lances. O estilo dos árbitros brasileiros precisa mudar, apitar dezenas de faltas por jogo, segurando a partida, é prejudicial ao espetáculo. Está na hora de aprender com os outros países e mudar nosso estilo. O que precisa ser feito, pelas federações, é mais que punir os erros, devem preparar melhor os árbitros antes de cada temporada, só assim veremos uma evolução na qualidade.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Polêmica no regulamento.

Desta vez a polêmica não é sobre a forma de disputa, afinal, essa já é uma "polêmica consolidada", nem vale a pena discutir. A confusão em questão, agora, é quanto ao critério de desempate. Veja o Art. 18:

Art 18 - Terminada a disputa da Segunda Fase do Primeiro Turno e quando da verificação da pontuação geral, para efeito de classificação geral para os dois hexagonais previstos no segundo turno e para a definição da equipe campeã, existam duas ou mais Associações empatadas em pontos Ganhos , na pontuação geral conquistada na primeira e segunda fase, aplicam-se, sucessivamente os critérios técnicos de desempate abaixo discriminados:

a) Maior número de vitórias em toda a competição;
b) Melhor saldo de gols em toda a competição;
c) Maior número de gols assinalados em toda a competição;
d) Confronto direto, no caso de empate entre duas equipes;
e) Maior número de gols assinalados na casa do adversário em todas partidas, no caso de duas equipes;
f) Sorteio


Vamos interpretar. Nesse caso, o que conta é o número de gols marcados fora de casa em toda a competição, ou o número de gols marcados fora de casa contra esse adversário, no confronto direto. Assim, quando a alínea e) fala "em todas as partidas" podemos entender que se trata de todos os jogos do campeonato. Mas, por estar após a regra do confronto direto e mencionar "no caso de duas equipes" pode haver o entendimento de que estes gols fora de casa dizem respeito aos jogos entre esses dois times somente.

Após muito pensar, e muito consultar (obrigado aos colegas da Cevleis), chego à conclusão de que a regra diz respeito mesmo ao confronto direto, assim, só serão contados os gols marcados fora de casa contra este adversário. É uma regra complementar, que utiliza aquele mesmo critério de competições eliminatórias, como a Copa do Brasil. Quando se fala em "todas as partidas" quer dizer todas entre os clubes em questão, caso eles se enfrentem mais de duas vezes, o que é possível.

Na prática, o que acontece é o seguinte: Nautico e Centro possuem o mesmo número de pontos, de vitórias, saldo de gols e gols marcados, no confronto direto há uma vitória para cada, pela mesma vantagem de gols. Pelo critério de desempate, o Centro leva vantagem por ter feito 2 gols em Recife, enquanto o Nautico fez apenas 1 em Limoeiro. Caso a interpretação fosse pelos gols fora de casa em todas as partidas, não somente entre os dois clubes, o Nautico levaria vantagem, 3 contra 2.

A polêmica foi levantada por Adethson Leite, do Blog dos Numeros, que me pediu para analisar o caso. A interpretação do colega era em favor do Nautico, levando em conta todos os jogos e não só os dois contra o Centro. Mas, pelo visto, a interpretação mais correta é mesmo em favor do Centro, deixando o Nautico atrás na tabela.

E você torcedor, o que pensa?

Pernambucano: 5ª rodada.

Está acabando a primeira fase, mas não o primeiro turno, e já é hora de tentar prever a formação dos grupos da segunda fase. Mas, o discurso dos clubes ainda não mudou, para os técnicos, as equipes ainda estão em formação. É verdade, já que ainda há muitos atletas para estrear, mas o mau futebol apresentado por alguns times já começa a ficar dificil de explicar.

SPORT: De longe um dos piores jogos já transmitidos pela TV, infelizmente. E dessa vez, não foi o gramado, nem o calor, foi falta de bola mesmo. Os dois times jogaram mal, tanto o Sport quanto o Salgueiro, que podia ter vencido o jogo, já que teve as melhores chances. O rubro-negro está desencontrado, sem padrão de jogo, sem inspiração e sem criatividade. Aqueles que previam um título tão fácil quanto o de 2007 já desconfiam.

NAUTICO: Uma derrota, de virada, vai ser sempre um mau resultado. O pior é que, dessa vez, o técnico Roberto Fernandes pôde contar com o tão esperado 1º volante, Ticão. E ele mesmo, foi expulso injustamente por um pênalti que não existiu. Pior para o alvi-rubro. Nessa fase, sem clássicos, perder jogos é jogar fora a chance de conquistar o turno. Mas, nada está perdido, afinal, o título se decide após os dois turnos, e ainda há muito o que disputar.

SANTA CRUZ: Uma vitória importantíssima, e se não fosse o gol de honra do Vera Cruz, teria ficado com a liderança da competição. O tricolor parece ter despertado daquele pesadelo que vivia desde 2006. Pelo menos a torcida acordou feliz. Destaque para o lindo gol de Rosembrick, num grande chute de fora da área. O Santa ganha moral e o "mago" também. Pelo visto, a segunda fase desse turno vai ser emocionante, apesar da falta de clássicos. Assim, além de torcer pelo seu time, todos "secam" os adversários, afinal, neste regulamento, não basta vencer, tem que torcer contra também.

domingo, 27 de janeiro de 2008

ORKUT

O que começou como uma pesquisa para conhecer melhor as torcidas pernambucanas acabou como uma disputa entre torcedores de Sport e Santa Cruz. Voto a voto eles vêm disputando o primeiro lugar, levando milhares a visitar o Extracampo. Por isso, obrigado aos que estão votando, continuem assim.

Preciso reconhecer que o responsável por essa movimentação é o Orkut, esta ferramenta democrática que já tomou conta do nosso país. Portanto, eu me rendo, e a partir de hoje coloco no ar a comunidade do Extracampo no Orkut. Lá, vou postar os temas abordados no blog para sentir mais de perto a reação do leitor. Participem.

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=50461766