
A Traffic compra dos clubes o direito a uma compensação financeira quando da venda destes atletas. Na teoria, uma transação perfeitamente legal. Porém, a FIFA proíbe que os clubes firmem que concedam poderes a terceiros sobre as transferências dos atletas, a independência, as políticas ou a performance dos times.
Para estar dentro das normas da federação, os investidores não podem ter poder de decisão, cabendo ao clube decidir pela transferência ou não do atleta. Na teoria, o investidor só teria o direito de receber a compensação, nem sequer de negociá-la. Mas, não é o que vem acontecendo no Brasil.
O http://www.extracampo.com/ alertou para o caso do meia Thiago Neves desde 5 de outubro de 2007, desde lá foram 11 posts sobre o atleta e os investimentos no futebol. Veja todos: http://extracampo.blogspot.com/search?q=thiago+neves.
Agora, com a saída do meia do Fluminense para o Hamburgo da Alemanha, vimos como os investidores tinham poder sobre ele, e como o clube Brasileiro ficou nas negociações. É isso que a FIFA proíbe, mas é isto que vem acontecendo no Brasil. E além da Traffic e do Grupo Sonda, citados na matéria do jornal americano, vários investidores começam a abrir os olhos para o mercado.
O grande problema do Brasil é que a venda de jogadores é uma das principais fontes de renda dos clubes, que no desespero, para antecipar as receitas cedem os direitos que têm sobre estes atletas. E a matéria lembra muito bem, que "sem investimentos externos muitos clubes brasileiros fracassariam financeiramente". E é por isso que apesar da FIFA proibir, no Brasil pode.
Se você lê em inglês, vale a pena conferir a matéria do The New York Times na íntegra: http://www.nytimes.com/2008/07/19/business/19soccer.html?pagewanted=1&_r=1&hp
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